O Sindicato dos Bancários de Guarapuava está realizando vistoria nas agências bancárias do Município para verificar quais estão abrindo. Os bancos estão impedidos de abrir as portas devido a greve nacional dos vigilantes de que atuam em empresas de segurança e de transportes de valor, iniciada a zero hora de hoje (1º) em todo o País. De acordo com o diretor jurídico do Sindicato, Alcione Cristiano Macedo, somente o Bradesco sinalizou que irá abrir normalmente. “Nós faremos uma ata notorial nesse caso e encaminharemos a situação para a Políci Federal. Sem o trabalho de vigilância, os bancos não podem abrir, isso é uma determinação de uma Lei Federal”, afirma Alcione.
Efeitos
A greve dos vigilantes atinge com maior força os bancos devido a uma exigência legal que prevê que as agências não podem abrir sem vigilantes. No caso de haver um longo período de greve, além do atendimento interno, o abastecimento de caixas eletrônicos também fica prejudicado. Isso porque apenas vigilantes são autorizados por lei a repor dinheiro nos terminais eletrônicos.
Outro lado
O Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Paraná (Sindesp-PR) alega que as negociações não foram interrompidas e que não vai se pronunciar sobre o assunto para não atrapalhar o andamento das conversas com a categoria.
Impasse
Os vigilantes reivindicam o pagamento de um adicional de 30% para compensar os riscos da profissão (adicional de periculosidade). No último dia 10 de dezembro, foi publicada em Diário Oficial a sanção da Lei Federal 12.740 de 2012, que prevê que as empresas precisam pagar 30% além do salário para compensar os riscos envolvidos na profissão.
No Paraná, as empresas já fazem um pagamento de 15,5% além dos salários. Para cumprir a nova lei, elas precisam fazer um incremento no bônus, para chegar aos 30% obrigatórios. O piso salarial dos vigilantes paranaenses é de R$ 1.140. O adicional de periculosidade ficaria, com a nova lei, em torno de R$ 340. Segundo o sindicato dos vigilantes, a quitação do novo benefício deveria ter sido feito pela primeira vez neste início de janeiro, o que não ocorreu.
Desde o início das negociações, o sindicato patronal relata que a simples sanção da lei não é suficiente para garantir o pagamento do benefício, e que uma regulamentação precisaria ser feita pelo Ministério do Trabalho e Emprego.