22/08/2023


Cotidiano

Jovens ganham cursos profissionais

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Com a missão de acolher adolescentes e jovens e despertar neles o seu protagonismo para a transformação social, o Instituto Educacional Dom Bosco vem realizando um trabalho muitas vezes esquecido pelo poder público e sequer lembrado pela maioria das empresas privadas.
Coordenada pela congregação religiosa dos salesianos de Dom Bosco, a entidade não tem fins lucrativos e trabalha com educação profissional e assistência ao adolescente. Atualmente atende 506 crianças, adolescentes e jovens nos variados cursos e atividades que oferece à comunidade.
O instituto oferece oficinas pedagógicas, com a participação de 72 crianças e adolescentes, robótica educativa com 21 alunos, aulas de violão, informática, artesanatos e o programa Jovem Aprendiz, que tem o objetivo de inserir jovens no mercado de trabalho. Na educação profissional, os alunos passam por vários cursos, cada um com duração de quatro meses.
A datilografia é a primeira etapa da formação de escritório, seguida das aulas de informática. O próximo passo é a formação de apoio administrativo, última fase da educação profissional. Depois, os alunos seguem para a aprendizagem, parte mais técnica da formação. Se os alunos fizerem todos os cursos oferecidos, chegam a ficar três anos na instituição.
De acordo com Renilson José da Silva, coordenador pedagógico do Instituto Dom Bosco, desde 2003 a entidade já contribuiu para a colocação profissional de 45 jovens. São 16 empresas privadas parceiras do projeto.
“A proposta do programa é inserir o jovem no mercado de trabalho, numa área administrativa. Ele vai participar de um curso de dois anos, com aulas duas vezes por semana. O aluno vai se preparando, tendo contato com a prática e, para o empresário, o positivo é que ele está preparando seu futuro funcionário efetivo”, explica.
A formação congrega dois módulos, um básico que abrange disciplinas de português, matemática, relacionamento interpessoal, relações no trabalho, e o segundo módulo, com a parte específica da área de escritório, com conteúdos de serviços administrativos, movimentação bancária, atendimento ao público, atendimento telefônico
“A grande dificuldade que enfrentamos é que Guarapuava ainda não despertou para a área de aprendizagem. Além da questão legal tem ainda o lado social, porque nós da instituição não cobramos nada deles. Por isso, é importante que o poder público e os empresários também olhem para essa questão”, ressalta.
Uma turma iniciou em fevereiro deste ano e uma nova deve ser aberta em julho. Para participar é preciso fazer a inscrição na entidade e ter idade entre 14 e 21 anos. Os inscritos passam por análise sócioeconômica.
Foto: Aulas de informática complementam educação profissional

Cristina Esteche

Jornalista

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