22/08/2023
Esportes

Caso Robson: Três anos depois, morte do jogador pode ficar impune

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Por  Luiz Carlos Knuppel Júnior

No dia 6 de março de 2010, o jogador de futsal Robson Costa entrava em quadra mais uma vez vestindo as cores do Clube Atlético Deportivo.  A partida era contra a equipe do Palmeiras/Jundiaí por um torneio amistoso que celebrava os 200 anos de Guarapuava. Com cerca de três minutos de partida, Robson deu um carrinho junto à lateral da quadra, uma lasca do piso do ginásio se soltou e perfurou a coxa do jogador. Pouco tempo depois a informação de que Robson havia falecido chocou toda a cidade e o país.

A notícia da morte do atleta virou manchete em vários jornais de todo o Brasil e foi referenciada até mesmo em outros países do mundo. Hoje, três anos após a morte de Robson, o caso sobre a morte do jogador está esquecido e ainda não há definições sobre  as  responsabilidades pelo incidente. A equipe da Rede Sul de Noticias procurou as entidades envolvidas no caso Robson para saber o que mudou depois de três anos.

O inquérito

Na sala da 4ª promotoria do Fórum de Guarapuava, o gigantesco inquérito repleto de fotos, provas e pedidos, descansa há muito tempo em uma das prateleiras. Segundo o promotor Mauro Alcione Dobrowolski, o inquérito está parado há quase dois anos esperando um laudo pericial do Instituto de Pericias. “O inquérito está praticamente pronto, restando apenas uma solicitação do Ministério Público feita ao Instituto de Pericias. Esse pedido foi feito por mim no dia 5 de julho de 2010, e estamos até agora esperando esse laudo para o fechamento do inquérito”, informou o promotor.

Com o laudo pericial, o MP quer saber se as lascas que atingiram o jogador eram da madeira Pau Amarelo ou Pau Cetim, que seria o tipo ideal para ser usada nas quadras esportivas e que haveriam sido instaladas no ginásio pela empresa vencedora da licitação.

Após o fechamento do inquérito, o processo será analisado e serão definidos os responsáveis pela morte do atleta. Mas para o promotor Mauro Drobowolski , será difícil alguém responder criminalmente pelo caso. “É um caso muito complexo, que envolve a Prefeitura, Secretaria de Esportes, a empresa que vendeu o piso, os responsáveis pelo ginásio na época, entre outros. Fica difícil achar uma irregularidade uma omissão dessas entidades”.

Segundo o promotor, o caso é considerado como uma fatalidade extrema e os envolvidos deverão responder apenas civilmente.

O Ginásio

Pouco tempo depois da morte de Robson, outros atletas vieram a publico e relataram que também haviam se machucado com as lascas soltadas pelo piso. O Corpo de Bombeiros e o Ministério Público interditaram o Ginásio e o piso da quadra teve de ser trocado.

O supervisor técnico do CAD, José Valter Liberato, conta que o material do chão do ginásio foi todo trocado, e hoje o piso do local é de cimento com tinta epóxi.  A reforma no ginásio demorou cerca de seis meses. Durante esse período o Deportivo foi obrigado a jogar em outras praças esportivas da cidade, como o Ginásio do Trianon e o do SESI.

O Time

A morte de Robson aconteceu durante a preparação do Deportivo para a disputa do Campeonato Paranaense da Chave Ouro. Apesar do abatimento inicial, o grupo se fortaleceu durante a disputa do paranaense e conquistou o titulo do torneio daquele ano. Durante a celebração pela conquista, os jogadores do elenco fizeram questão de dedicar o titulo a Robson e sua família.

A mãe e o irmão de Robson continuaram como torcedores do CAD e acompanharam boa parte dos jogos daquele ano.

A torcida também não esqueceu de Robson, e até hoje grita o nome do jogador, também apelidado de “Guerreiro”,  durante os jogos da equipe em Guarapuava. Recentemente a nova sala de fisioterapia do CAD recebeu o nome do atleta como uma homenagem da diretoria.

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Cristina Esteche

Jornalista

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