Reeleito presidente, prefeito de Castro vai intensificar luta em defesa do municipalismo e recebe apoio do prefeito de Curitiba, Beto Richa

Paraná – A nova diretoria da AMP (Associação dos Municípios dom Paraná) tomou posse nesta segunda-feira (dia 27) para um mandato de dois anos assumindo o compromisso de intensificar a luta em defesa das 399 prefeituras do Estado. Encabeçada pelo prefeito de Castro, Moacyr Elias Fadel Junior (PMDB), a diretoria já definiu sua primeira ação: uma reunião com os 30 deputados e 3 senadores da bancada federal do Paraná no dia 18, na Assembléia Legislativa, em Curitiba, na qual será apresentada uma pauta de reivindicações dos 399 municípios do Paraná.
“Vamos intensificar o trabalho que já fazemos em benefício dos municípios, o que será fundamental devido à grave crise econômica enfrentada pelas prefeituras, e esperamos contar com a bancada federal do Paraná às nossas reivindicações”, disse Fadel, que recebeu apoio do ex-presidente da AMP e ex-prefeito de Guarapuava, Nivaldo Kruger, e do prefeito de Curitiba, Beto Richa. “Há uma convergência de propósitos entre os prefeitos que integram esta chapa. Isto é fundamental porque somos nós que sentimos na pele as dificuldades enfrentadas pelos municípios”, disse Beto, na assembléia geral da AMP que elegeu a nova diretoria.
O presidente da CNM (Confederação Nacional de Municípios), Paulo Ziulkoski, também participou da assembléia. Ele convocou os prefeitos a participar da XII Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, agendada para 15 a 17 de julho. Ele disse que a previsão de queda do FPM (Fundo de Participação dos Municípios do Paraná) neste ano deve ser superior a 10% – passará de R$ 58 bilhões (em 2008) para cerca de R$ 53 bilhões e defendeu a união dos prefeitos para ampliar as receitas dos municípios. “Nós não somos inimigos do governo, mas sim amigos das prefeituras. Por isso, queremos mais recursos. É isso que as pessoas precisam entender”.
Perdas no Paraná
Primeiro vice-presidente da AMP, o prefeito de Piraquara, Gabriel Samaha, o Gabão, propôs um amplo debate sobre o pacto federativo para ampliar as receitas das prefeituras e defendeu uma postura mais autônoma dos municípios em relação aos demais entes federados e ao próprio Congresso Nacional. “Nós temos que nos qualificar para o debate e entender que, apesar do bom diálogo que temos com o governo e os deputados, não podemos depender apenas do orçamento da União ou das emendas dos parlamentares para ter recursos”, disse.
No primeiro trimestre do ano, os municípios paranaenses perderam R$ 85 milhões do FPM – o equivalente a 11,5%, passando de R$ 734,6 milhões para R$ 649,7 milhões. No Brasil, no mesmo período, as perdas foram de R$ 1,2 bilhão – 12,3%, na comparação com igual período de 2008, passando de R$ 9,40 bilhões para R$ 8,24 bilhões. Além dissos, as prefeituras do Paraná devem R$ 295 milhões ao INSS.
A diretoria da AMP tem 75 nomes – nove do Conselho Diretor, dez do Conselho Fiscal e 56 dos Conselhos Permanentes. Além de Fadel e de Samaha, integram o Conselho Diretor os prefeitos Maly Benatti, de Nova Esperança (2ª vice-presidenta); José Carlos Becker de Oliveira e Silva, de Cruzeiro do Oeste (3º vice-presidente); Joarez Lima Henrichs, de Barracão (1º secretário); Luiz Carlos Gotardi, de Salto do Lontra (2º secretário); Altamir Sanson , de Palmeira (1º tesoureiro); Eugênio Bittencout, de Nova Laranjeiras (2º tesoureiro) e Paulo Deola, de Bom Jesus do Sul (Relações Institucionais).