Curitiba – O deputado estadual Fernando Carli Filho (PSB) se solidarizou com os produtores de suínos, que, através de sua associação, asseguram não existir nenhuma comprovação de que a gripe suína tenha sido contraída de animais. Os suinocultores afirmam que é uma denominação injusta, pois, de acordo com os criadores, não foi notificado nenhum caso de contaminação de suínos com o tipo de vírus responsável, disse o parlamentar.
Fernando Carli Filho, através de sua assessoria, foi contatado por suinocultores paranaenses preocupados com a repercussão que informações desencontradas possam provocar sobre o consumo de carne suína, mesmo que o Brasil não tenha sido afetado pela doença. É preciso ter muita precaução e que as autoridades sanitárias se pronunciem claramente sobre o assunto. Os relatos que nos chegam é de que no México e nos Estados, onde a doença apareceu, as pessoas contaminadas não tiveram contato com suínos, advertiu.
O parlamentar cita informes recebidos da Organização Internacional de Epizootias, como sede em Paris, França, que se pronunciou nesta segunda-feira, dia 27, afirmando em nota oficial que até o momento este vírus não foi isolado em animais e, portanto, não justifica denominar a doença de influenza suína.
A OIE lembra que no passado muitas epidemias de influenza humana de origem animal foram denominadas a partir de sua origem geográfica como, por exemplo, a Gripe Espanhola ou Gripe Asiática. Desta forma, seria lógico denominar esta doença de Gripe ou Influenza Norte-Americana.
Fernando Carli Filho fez um apelo às autoridades sanitárias para que façam campanhas de esclarecimento ao público, já que a suinocultura é uma atividade econômica estratégica para o Paraná e também porque o consumo desta carne é de fácil acesso ao público. É a economia popular que pode ser afetada, por falta de informação, como também produtores que investem somas vultosas em tecnologia e padrão de qualidade, observou ele.