22/08/2023
Economia

Para se proteger da inflação, consumidor deve pesquisar preços e buscar alternativas de consumo, orienta Serasa Experian

 A alta da inflação, principalmente nos alimentos e nos serviços, tem causado impacto direto no orçamento doméstico das famílias brasileiras. Segundo os economistas da Serasa Experian, o aumento nos preços diminui o poder de compra do consumidor, ou seja, seu dinheiro acaba valendo menos no final do mês. Maneiras simples podem ajudar o cidadão a se defender da inflação e não desequilibrar as finanças pessoais, como pesquisar preços, buscar alternativas de consumo e substituir produtos e serviços por outros mais baratos.

 

Lançado neste mês, o Indicador Serasa Experian de Educação Financeira mostrou que 39% da população acharam falsa a afirmação de que em um país onde a inflação é alta, os preços não se alteram tanto com o tempo. Ainda de acordo com o índice, 49% da população não soube responder a pergunta de quanto fechou em 2012 a taxa acumulada de inflação no Brasil. Apenas 21% das pessoas responderam da forma correta, entre 4% e 7%. De acordo com os economistas, o brasileiro conhece o fenômeno da inflação, mas têm dificuldades em compreender e administrar seus recursos e dívidas quando os preços sobem.

 

O indicador também apontou que quanto mais pessoas da família são envolvidas nas decisões financeiras, maior o nível de educação financeira do brasileiro. Por isso, para controlar o orçamento mensal, a principal dica é se reunir com os outros integrantes da casa e anotar todos os produtos e serviços consumidos no mês, desde as despesas com aluguel e combustível até os pequenos gastos com o pão de queijo e o cafezinho na padaria, para comparar com o mês seguinte. Com isso, é possível saber o que sofreu ou não reajuste de preço no período e acordar entre todos o que precisa ou não ser cortado.

 

De acordo com os economistas da Serasa Experian, outro ponto importante é ficar atento aos gastos que incorporam juros, como o rotativo do cartão de crédito e novas compras parceladas, além do cheque especial. Isto porque, com a inflação subindo, a tendência é de alta na taxa básica de juros no crédito, que deve ser repassada ao consumidor.

 

Para a criação do Indicador Serasa Experian de Educação Financeira foram entrevistadas – no primeiro trimestre de 2013 – 2.002 pessoas maiores de 16 anos de idade, em 142 cidades de todos os Estados brasileiros e do Distrito Federal, incluindo capitais, periferia e interior. O índice analisou o brasileiro em três dimensões: o Conhecimento, a Atitude e o Comportamento no que se refere às finanças pessoais e familiares. O novo Indicador, que trabalha em uma escala de 0 a 10, apontou que a população brasileira tem uma educação financeira nota 6,0. Quanto maior o índice, maior o nível de educação financeira.

 

Confira abaixo 5 dicas para adaptar o orçamento aos tempos de inflação:

1ª Procure alimentos substitutos aos que estão subindo de preço. Por exemplo, o feijão por lentilha. Evite as frutas e verduras fora da estação. Não deixe nunca de pesquisar preços;

 

2ª Verifique quanto custa os serviços, peça desconto e racionalize os gastos. Adotar planos familiares de internet, celular e televisão a cabo podem ajudar a economizar;

 

3ª Cuidado com o cartão de crédito, o cheque especial e compras financiadas. A tendência é de alta nos juros;

 

4ª O cartão de crédito também tem serviços parceiros que oferecem descontos (cinemas, escolas, restaurantes, assinatura de jornais). Aproveite;

 

5ª Os remédios estão mais caros. Procure comprar os genéricos e informe-se sobre descontos que as farmácias dão a determinados planos de saúde e laboratórios. Além disso, alguns laboratórios oferecem descontos de até 50% para remédios de uso contínuo, mas é preciso fazer um cadastro no site da empresa. Visite a página na internet do fabricante do medicamento ou entre em contato com o Serviço de Atendimento ao Cliente.

Com assessoria

 

Cristina Esteche

Jornalista

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