22/08/2023

O poder equivocado!

Há acontecimentos que ocorrem em Guarapuava e passam despercebidos da população. As noticias correm de boca em boca sem que os protagonistas confirmem, apesar de algumas pessoas envolvidas  afirmarem que os fatos ocorreram, sim.

Não vou aqui entrar no mérito da autoria de um caso que aconteceu na tarde de ontem, terça-feira (04), no Centro Cívico da cidade e que remete ao conceito equivocado de poder.

Sabemos que o poder sempre existiu, na guerra, na paz, ou em qualquer outra circunstância, nos fazendo crer que é vital, não só nos grupos humanos. Basta ver que as sociedades ditas  “selvagens” também são guiadas por um líder.

Na formação da sociedade humana fica claro que o homem sendo um ser social, precisa seguir uma ordem fundamentada em normas jurídicas, que o oriente nas relações entre governantes e governados. Essa é a máxima que estabelece a ordem social e política visando o bem comum, que é a finalidade única do poder institucionalizado. É nesse campo que o poder volta à massa dos indivíduos e surgem as normas por eles editadas ou aprovadas e que regulam as ações da sociedade propriamente dita.

A legalidade desse tipo de poder, o político, delega ao povo o dever de escolher  quem será, ou quem serão seus governantes. Aí é que "mora o perigo”. Há quem seja preparado, equilibrado, conhecedor das funções que permeiam o cargo para o qual foi eleito. Porém, existem aqueles que se sobrepõem a qualquer tipo de lei, de normas que buscam um ordenamento social e se sentem ofendidos quando são colocados no mesmo patamar do povo, daquele que o elegeu como, por exemplo,  as regras de estacionamento de trânsito. “Autoridades como essas, ao serem eleitos,  criam um  pedestal imaginário que os eleva acima de tudo e de todos. As leis, muitas das quais criadas e aprovadas por eles próprios, valem para o outro; para si, nunca. Afinal, são líderes  e, por isso, se acham no direito de “mandar na cidade”, de burlar regras. Esquecem de que são funcionários da população, portanto, um poder que seria abaixo de quem os “chefia”, na ordem burocrática das coisas. Mas como diz o velho adágio popular, se quer conhecer um homem dê a ele o poder. E tem mais: o poder é passageiro, efêmero. E passa rápido. É bom eles lembrarem disso!

Cristina Esteche

Jornalista

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