Vamos protestar? Mas protestar contra o quê? Sei lá, pelo preço do tomate (que já normalizou). Ok, vamos.
Enquanto as autoridades juntam as informações para tentar entender o motivo das manifestações que estão pipocando pelos quatro cantos do Brasil, cada manifestante, silenciosamente e na sua própria consciência, sabe o motivo pelo qual está nas ruas.
Esta é uma situação delicada. Está exposta a força dos meios sociais. Um movimento silencioso, que em minutos reúne mihares de pessoas de partidos, de torcidas, de etnias, de religiões diferentes num mesmo lugar por um mesmo motivo: PROTESTAR.
Eu avalio essas manifestações como um grito que estava travado na garganta de cada brasileiro. Não é apenas o preço das passagens, as obras paradas, os estádios, o descaso com a educação e com a saúde. E, principalmente, O DESCASO COM O SER HUMANO.
Está se protestando pelo direito de protestar. Está se protestando pelo direito de dizer: "eu não concordo com isso, e minha opinião é a seguinte…".
Está se protestando por mais respeito, em todos os setores. Por respeito ao dinheiro e às coisas públicas. Por respeito a quem quer respeitar, mas é oprimido pela maioria.
Aproveite o período, que será curto. Extravase suas exigências, mas não abuse. Lembre-se que você está exigindo respeito e, portanto, não pode desrespeitar os outros.
Somos pacificos, mas não otários. Somos tolerantes, mas não passivos. Vivemos, sentimos, queremos, amamos, odiamos, trabalhamos, estudamos e queremos o direito de viver bem com tudo isso, ao mesmo tempo.