Hora de prestar contas. Recebi os documentos da Festa do Feijão

Como os organizadores não fizeram isso até hoje, não foram transparentes e estão escodendo o resultado financeiro da Festa Nacional do Feijão Preto, em Prudentópolis, eu farei uma apresentação paralela dos resultados.

Lógico que os dados que vou apresentar não são oficiais, pois recebi a documentação neste final de semana e nela constam somente as despesas. Não há nenhum registro de movimentação financeira ou que os recursos obtidos com a festa tenham tido movimentação bancária. Ou seja, a maioria das despesas foram pagas em espécie e os comprovantes dos pagamentos são recibos simples.

Também há uma relação de cheques, que chegam a um valor de R$ 37 mil, emitidos pelo Serviço de Obras Sociais (SOS) aos fornecedores. Da mesma maneira, não há movimentação bancária. Ou seja, o SOS não obteve recursos para esses pagamentos. Estranhamente, no mês de setembro o repasse da Prefeitura ao SOS deu um salto enorme, fugindo dos valores repassados mensalmente.

Há depoimentos ainda de que os valores obtidos com a venda de ingressos dos shows foram transportados pelos próprios organizadores, nos bolsos, sem ter o local para onde esse dinheiro foi levado divulgado, e muito menos os valores arrecadados cada noite.

Enfim, vou apenas apresentar os pagamentos.

Compete aos organizadores apresentarem a relação da renda obtida e, finalmente, dizer ao povo se houve lucro ou prejuízo. Se deu lucro pra onde foi o dinheiro? Pro SOS é que não. E se houve prejuízo, quem pagou?

Estranhamente, também há uma relação de uma conta específica da Prefeitura de Prudentópolis, de um recurso especial repassado pelo Ministério das Cidades a título de emergência. Esse dinheiro, R$ 500 mil, deveria ter sido utilizado na recuperação das estradas. O que me chama a atenção é o que pode haver de relação entre a Festa e esse dinheiro?

Acho que alguém vai se explicar, em breve.

E o povo? Bom, o povo…