22/08/2023

Um “boi de piranha”?

Num país onde os super herois  ainda morrem de overdose e quase sempre os inimigos estão no poder (se não são, se tornam), a história não poderia ser outra. O deputado Natan Donadon, o primeiro a ser preso em pleno cumprimento de mandato desde 1988 quando foi promulgada a Constituição Cidadã, se entregou à polícia. A sua pena é de 13, 4 anos.

Antes disso acontecer, Natan era um deputado invisível, apesar de  ter uma década de mandato; hoje, passou a ser  conhecido e deve  entrar para a história como o precursor  de um período em que crime cometido por político passa a ser castigado.

 Entre 1995 e 1998,  Natan ajudara a desviar R$ 8,4 milhões da Assembleia Legislativa de Rondônia. Foi condenado pelo Supremo  ainda em 28 de outubro de 2010; recorreu e o julgamento do recurso fora adiado 10 vezes. De repente, como  num passe de mágica, o processo saiu da cartola e retornou à pauta de julgamentos do STF. Num "vaptvupt" foi indeferido. A ordem de prisão foi expedida. A Câmara abriu processo de cassação e o PMDB, partido de Natan, o expulsou sumariamente.

Por coincidência ou não na mesma época em que o povo voltou às ruas; em que o futebol vestiu de verde e amarelo a nação brasileira. Seria o Natan o chamado "boi de piranha" para dar uma resposta aos brasileiros? Vale lembrar que existem políticos cujos "colarinhos brancos" doem mais aos olhos do que os de Natan.

Cristina Esteche

Jornalista

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