Prudentópolis organiza festa para comemorar buracos, obras inacabadas e incompetência

Ainda existem administradores públicos que acreditam que quando as coisas não estão bem na sua administração, basta caprichar numa boa festa que volta a cair nas graças do povo. Engana-se, e engana-se feio quem ainda acredita nessa história furada.

Como exemplo, cito a administração de Prudentópolis, que está organizando mais uma etapa da sua Festa Nacional do Feijão Preto, que acontece durante o mês de agosto. Serão três dias de muita festa, com direito a show gratuito para a população.

Essa é a teoria do "ao povo, pão e circo", de Julio César, na Roma Antiga.

Muito bem, não sou contra a festa, só acredito que ela vem numa época errada, onde há muitas outras prioridades e com muito mais urgência que deveriam ser realizadas pela administração municipal.

Vão atrair turistas? Que bom! Mas o que esses turistas vão ver em Prudentópolis?

Os turistas vão ver uma cidade esburacada, com obras inacabadas em todos os cantos. Os turistas vão ver os produtores sofrendo com a péssima situação das estradas rurais.

Os turistas vão ver, ou melhor, não vão ver os saltos famosos  mundialmente, pois não há acessos a eles.

Para visitar a cidade, acredito que a Prefeitura irá sinalizar o caminho, que deve se orientado pelos semáforos, pois são as únicas ruas que têm um asfalto mais ou menos decente (na torcida para não chover mais, pois senão ele esfarela).

Afinal, qual a impressão que os turistas irão levar de Prudentópolis?

Vou além.

Na minha modesta opinião, a maior feijoada do Brasil, feita na maior panela do mundo, é caso de denúncia ao Ministério Público e à Saúde Pública.

Uma simples gota de óleo de cozinha é o suficiente para poluir milhares de litros de água quando jogada num rio. Correto? E uma gota ou várias gotas de óleo hidráulico são suficientes para poluir quantos litros de feijoada?

Pois é isso mesmo. A maior feijoada do Brasil é movida dentro do panelão gigante com uma retroescavadeira, com todo o sistema hidráulico balançando sobre a comida. Qual a higiene nisso?

Enfim, a festa passa em três dias e ai, quem sabe, a administração volte a dar prioridade ao que realmente é pioritário, pois as coisas não andam bem no reino de Geová.

E o povo? Bom, o povo… que evite a feijoada com óleo hidraulico da FENAFEP.