O prefeito de Sarandi, no norte do Paraná, Carlos de Paula (PDT), reassumiu o cargo nesta quarta-feira (24). Ele foi afastado pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) no dia 25 de janeiro, após suspeitas de fraude em licitações na área da educação investigadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). O afastamento foi por 180 dias e, com o fim do prazo, Carlos de Paula reassumiu a prefeitura.
As investigações do Gaeco são decorrentes da Operação Quadro Negro, deflagrada em 11 de janeiro, com apoio de equipes dos estados de Santa Catarina, Distrito Federal e Minas Gerais. As informações coletadas pelo órgão se referem a fraudes em licitações para contratar empresas pertencentes ou ligadas a investigados, sempre na área de educação, com suspeita de direcionamento dos procedimentos, sobre preço, e inexecução de serviços. O objetivo, segundo o Gaeco, era desviar recursos públicos.
Os advogados do prefeito entraram com recurso argumentando que o afastamento não poderia passar de seis meses para não configurar a cassação indireta do mandato. O pedido foi aceito pela Justiça, que autorizou o retorno de Carlos de Paula ao cargo de prefeito. Durante o afastamento, o vice-prefeito, Luiz Aguiar (PPS), comandou a Prefeitura de Sarandi.
Durante o discurso de retomada do cargo, Carlos de Paula falou sobre a investigação do Gaeco e a decisão da justiça de tira-lo do cargo. “Eu posso assegurar que no futuro vai ser demonstrado que eu não fiz nada de errado para que isso acontecesse”, afirmou.
O prefeito disse que espera retomar o ritmo normal de trabalho e seguir até o fim do mandato. “Pretendo acelerar o concurso publico para contratação de professores, já que nós vamos dobrar o número de creches nos próximos seis meses. Vamos acelerar também a pavimentação asfáltica em alguns bairros”, apontou.
Após reassumir o cargo, o prefeito se reuniu com secretários municipais e o vice-prefeito. Além disso, ele recebeu diretores de escolas e creches municipais.