Albergue em Guarapuava reabilita viciado que hoje ajuda a instituição

Nesta época mais fria do ano é comum ver pessoas sem teto procurando um abrigo para fugir do frio. Foi assim que o albergado, Josmir Guilherme de Souza, 48 anos, chegou ao Albergue. Natural de Aimorés, em Minas Gerais, mudou-se para Vitória capital do Espírito Santo aos 13 anos onde aprendeu o oficio de entalhar em madeira.

Com 17 anos casou- se e depois da união não dar certo começou a beber. “Entrei no vicio do alcoolismo daí para frente experimentei quase todos os tipos de drogas, com 24 anos de idade meu pai me levou para Maringá, numa clínica para dependentes químicos. Infelizmente não consegui me livrar do vicio, voltei para Vitória e começou tudo de novo”.

Com a vida desregrada Souza viajou por todo Brasil. “Passei por vários estados brasileiros até chegar ao Albergue de Guarapuava, não parava muito tempo aqui, sempre saia, sempre por causa do vicio. Em 2011 encontrei apoio de pessoas simples, que foram eleitas para compor a nova diretoria do albergue, aí encontrei apoio de uma forma que ainda não tinha conhecido. A primeira coisa que fizeram foi me encaminhar para uma psiquiatra, onde eu vi que só conseguiria sair do vicio com perseverança e apoio de amigos verdadeiros”, relembra.

Com a mudança de Souza, vieram também novas oportunidades. “Hoje eu olho para trás e vejo como minha vida mudou, sou respeitado, sou tratado com dignidade. Não tenho dependência nenhuma graças a Deus, tenho meu trabalho de artesão que é reconhecido no Brasil inteiro. Com meus trabalhos faço questão de passar uma parte para o Albergue para ajudar nas despesas, porque vejo as dificuldades que a entidade passa. E só tenho agradecer a as pessoas que acreditaram na minha recuperação”.