Guarapuava – O prefeito Fernando Ribas Carli (PP) vai enfrentar mais um problema político. Além do fato do seu filho, o deputado estadual Fernando Carli Filho ter apenas até amanhã, quinta-feira, dia 28, para apresentar defesa contra a possível expulsão do PSB, partido a qual pertence, o prefeito licenciado de Guarapuava está sendo acusado de abuso de poder durante a campanha eleitoral do ano passado.
Logo após as eleições a coligação Guarapuava Para Todos (PPS, PSC e DEM), do ex-candidato Cesar Silvestri Filho (PPS),entrou com ação contra Carli.
O caso havia sido suspenso porque a Justiça local considerou desfeita a coligação, após a reeleição de Ribas Carli, mas ontem, terça-feira, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) autorizou a continuidade da ação contra o prefeito, reeleito pela coligação Juntos com Guarapuava (PP, PSDB, PDT, PTdoB, PMN e PSB).
Segundo o TRE, os seis desembargadores e juízes federais que analisaram o recurso acompanharam a decisão do relator, desembargador Munir Abagge. Com essa decisão, o tribunal reconhece indícios de irregularidades na reeleição do prefeito.
No julgamento, o tribunal passa a reconhecer a existência das coligações, permitindo Silvestre a retomar a ação em primeira instância, na Justiça Eleitoral de Guarapuava. A decisão reabre as denúncias contra o prefeito reeleito para o mandato de 2008 a 2012 e mantém as investigações feitas pelos partidos de Silvestre Filho e o Ministério Público. O órgão e o candidato derrotado acusam o prefeito de ter cometido crime de abuso do poder político e de autoridade, com uso de imagens da prefeitura na campanha no horário eleitoral gratuito.
A lista de denúncias é ampliada com a pressão sobre estagiários para que eles e seus familiares votassem em Ribas Carli, pagamento de combustível da campanha com dinheiro da prefeitura e uso da máquina municipal (papéis, computadores, agências de propaganda e estrutura pública) e outras irregularidades para reeleger o prefeito.
A Promotoria Eleitoral entende que o caso é muito grave, porque pode configurar abuso de poder político e crime de coação eleitoral, de acordo com o parecer anexado ao pedido feito ao TRE.
O MP quer que os atos, além de resultar em punições por improbidade administrativa, resultem na perda do mandato eletivo de Ribas Carli. A Promotoria Eleitoral diz que o livre exercício do voto, um direito assegurado, não foi respeitado pelo prefeito reeleito.
Com informações do site Bem Paraná