A implementação de um 2º Conselho Tutelar em Guarapuava atualmente depende da liberação do projeto pelo executivo da cidade para, após isso, passar pela aprovação da Câmara Municipal. De acordo com Carine Sudar Fernandes, presidente do Conselho Municipal de Assistência Social de Guarapuava que é responsável pelo encaminhamento do projeto à prefeitura, o projeto para a criação do segundo Conselho Tutelar tem de partir do executivo por influenciar diretamente o orçamento do munícipio. “Esta é uma luta que foi retomada no início deste ano, mas que está acontecendo desde meados de 2008”, relembra.
Ainda de acordo com Carine, com apenas 5 funcionários, o atual conselho de Guarapuava não consegue dar conta da alta demanda do munícipio, por isso a intensificação da luta pela vinda de um 2º órgão para a cidade. “A resolução 139 do Conanda (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) diz que cada município tem direito a mais um conselho quando a cidade passa de 100.000 habitantes. Como Guarapuava ainda não tem 200.000 e a resolução não diz que com apenas 100.000 mil não podemos ter dois, nós não estaríamos a contrariando”, explica.
Entre os principiais problemas do Conselho Tutelar da cidade está a evasão escolar da criança, violação dos direitos infantis, falta de monitoramento ao desenvolvimento infantil, além dos casos de abuso sexual e físico. “São uma imensidão de problemas relacionados à crianças e adolescentes que apenas 5 conselheiros não conseguem mais dar conta”, pontua.