22/08/2023

Embora tardiamente, estamos na era dos shoppings

O anuncio de quem cinco grandes grupos empresariais projetam a construção de shopping em Guarapuava é animadora e comprova que a cidade vive um novo momento econômico. Exemplo disso é que empreendedores do município estão abrindo negócios, principalmente, na área comercial e na prestação de serviços. Todos os projetos para shopping possuem empresários guarapuavanos que se unem a grandes grupos nacionais.  O que não pode acontecer nessa disputa saudável é um negocio inviabilizar o outro. Afinal, já temos experiências frustradas nesse setor com a abertura de dois conglomerados: Primo e Maria Antonia que se transformaram em centros comerciais perdendo a característica do projeto inicial. Justificativas dadas por entendidos em economia à época apontavam  o entrave dos projetos para o baixo IDH (índice de Desenvolvimento Humano) da região, dizendo que a maioria da população não tinha poder aquisitivo para esse tipo de comercio dado o status atribuído aos shoppings e à cultura de que lojas sediadas nesses espaços são para clientes tops. Até pode ser, mas o importante é que décadas se passaram e Guarapuava, embora tardiamente, vislumbra a possibilidade de ter esses espaços a exemplo de qualquer outra cidade de médio e grande porte.

Guarapuava possui hoje um publico jovem que vivem na cidade atraídos pelos cursos universitários. Nesse  embalo, a cidade cresce e aos poucos vai mudando  o perfil econômico. A administração municipal também se abre para atrair novos investimentos fazendo com que o empresário local e de outros centros aposte nessa transformação.  Nesse sentido, a “briga” para ver quem sairá primeiro no setor de shopping é extremamente salutar. Para um puxa a “sardinha para o seu assado”. Uma pesquisa feita sob encomenda por um grupo interessado à Gismarket, empresa especializada no ramo, diz que Guarapuava  possui potencial para um shopping e que este deverá ser localizado às margens da BR 277 no sentido a Curitiba. De acordo com a pesquisa, 85% do fluxo de veiculo da PR 466 desemboca na BR 277 com destino a Curitiba e seria um publico com potencial.  Nesse sentido, as antigas instalações das Industrias Zattar seriam as ideais para o empreendimento por estar entre a PR 466 e a BR 277, perto do trevo principal de acesso à cidade, numa região em pleno desenvolvimento.

Outros grupos preferem apostar em localidades diferentes como o Alto da XV onde um ousado projeto está prestes a ser lançado e  que, uma vez concretizado,  vai provocar o desenvolvimento daquela parte da cidade. O shopping já está projetado como parte da nova cidade.

Por outro lado, quem saiu na frente no anuncio do shopping escolheu a Avenida Manoel Ribas, principal via de acesso ao centro com conexão para vários bairros de Guarapuava.

Bem, o que importa é que as coisas começaram a acontecer; os projetos estão saindo do papel e que Guarapuava caminha  para se tornar, de fato, o tão sonhado polo regional.

Cristina Esteche

Jornalista

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