“Eu sou da oposição, por que teria que aprovar um projeto da bancada? Se fosse da minha bancada com certeza teria os sete comigo”. A frase resume a justificativa dada pelo vereador Cosme Stimer (PP) por ter rejeitado assinar o projeto de emenda ao Regime Interno da Câmara reduzindo de três para um mês o período de recesso dos vereadores. A matéria foi proposta pelo vereador Airson Horst (PPS), vice presidente da Câmara, e teve a rejeição de 12 dos 14 vereadores da bancada situacionista, a qual lidera, além de outros sete votos da oposição. O projeto nem chegou a ser discutido na Câmara já que não obteve o número mínimo de adesões para entrar na pauta.
Assim como a justificativa de Cosme Stimer, a explicação de outros vereadores está tendo repercussão negativas nas redes sociais após matéria veiculada pela RPC. O projeto foi apresentado há cerca de um mês, mas agora volta à tona. Além de Cosme, internautas não poupam criticas a atuação dos vereadores.
Em entrevista concedida à emissora de tevê, a vereadora Nerci Guiné (PHS), que é da bancada situacionista, disse que não houve tempo hábil para a matéria ser debatida. “Quando há matérias assim é preciso pensar um pouco mais”, limitou-se a responder.
O vereador Milton Roseira Junior (PP), que é oposição, disse que é favorável à redução do tempo de recesso, mas votou contrário à tramitação do projeto porque a mesma matéria propunha uma sessão a mais, passando das atuais duas para três na semana. “Quando se lançou a ideia de estar englobado com mudança de horário e de outras reduções a gente não achou interessante”, disse o vereador.
Outra que tentou justificar a sua posição, mas acabou se contradizendo foi a “tucana” Maria José Mandu Ribas. “Eu acho que não é só isso que compromete a imagem da Câmara, mas o comportamento, a atitude, a maneira de votar os projetos”, afirmou em resposta à pergunta da RPC.
Ademir Fabiane (PSD) que avalizou o projeto junto com João Napoleão (PSDB) disse que, no mínimo, a matéria deveria ser sido colocada em discussão.