Uma deficiência não impediu que um guarapuavano derrubasse diversas barreiras para que conseguisse atingir seu sonho de trabalhar. Júnior Cézar Ferreira, que tem baixa visão, trabalha no Hospital Santa Tereza de Guarapuava a mais de 10 anos e a escuridão em seus olhos não foram empecilho para que ele desse a volta por cima e se destacasse dentro da instituição.
Júnior começou no hospital como auxiliar de raio X em 2002, onde se manteve durante este período na área até que houvesse a automatização de aparelhos. Depois disso, passou para o setor de informações.
O breu nos olhos de Júnior não o impede que veja o quão longa foi a sua caminhada. Para conseguir desenvolver um bom trabalho no setor, Júnior, mesmo sem curso de computação, “desvendou” o software Jaws e conseguiu sozinho alterar configurações de sistema que facilitaram o entendimento na hora que o programa é iniciado. “Antes o computador lia um número de telefone como um número extenso. No caso de 3621-6200, por exemplo, o sistema lia três milhões, seiscentos e vinte e um mil e duzentos. Com a minha alteração, a máquina passou a ler o número de telefone da forma padrão, o que facilitou muito o meu trabalho e me permitiu ficar dentro da empresa por tanto tempo”.