22/08/2023
Segurança

Filhos de Soily pedem que assassino da mãe seja preso

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Familiares de Soily Terezinha Obal Ferreira assassinada em Guarapuava na terça feira (17) querem uma resposta por parte da Polícia Civil, que investiga o caso. “Precisamos saber se o suspeito já foi encontrado, se terá a prisão decretada”, disse Maicon José Machado, um dos filhos da vítima.

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O principal suspeito é o ex companheiro da vítima, Dornivildas Chagas, conhecido como Doni. Os dois viviam juntos há um ano e meio, segundo os familiares. Segundo John José Machado, o outro filho de Soily, o casal não  discutia na frente de terceiros, mas nos últimos dias a vítima se mostrava triste e preocupada.

No dia em que o crime aconteceu, John testemunhou uma discussão entre Soily e Dornivil ainda dentro do carro. “Ele chegou a me falar que ‘é perigoso o caboclo fazer uma c….a’. Minha mãe entrou e ele foi trabalhar”, diz John que costumava ir à casa da mãe diariamente, Dornivil trabalhava numa fábrica de palitos no Centro Industrial de Guarapuava (CDI). Uma foto de Doni foi postada nas redes sociais pedindo informações sobre o seu paradeiro.

À noite John retornou à casa da mãe, mas estava toda fechada e o carro não estava na frente. “Achei que eles tinham viajado e fui embora. Retornei no dia seguinte, mas a casa continuava fechada e ela (mãe) não apareceu em lugar algum”. A ausência da mãe começou a preocupá-lo e John foi até a casa de familiares em busca de notícias. “Na quinta feira minha tia falou que devíamos ir até a casa e arrombar a porta. Fomos e quando estourei a janela vi as pernas dela fora da cama. Ela tinha um cobertor sobre o corpo e as demais portas da casa estavam trancadas. Já fazia dois dias que minha mãe tinha sido morta”.

De acordo com o atestado de óbito, a causa foi traumatismo encefálico, traumatismo no rosto, fratura no crânio e agressão provocada por objete contundente.

Soily foi sepultada no mesmo dia. “Não teve condições de fazer o velório”, diz uma cunhada da vítima.

O carro utilizado pelo suspeito para a fuga, uma Parati com placas AIK 9554, de Paiçandu, foi abandonado no município de Goioxim porque faltou combustível. “Nós temos informações de que o Doni está na Vila Rural de Goioxim”, dizem os familiares que também informam que o suspeito já é autor de um assassinato e de outras três tentativas de homicídio, uma delas no Grupo da Terceira Idade do Bairro Primavera, onde mora.

O delegado operacional da 14ª Subdivisão Policial, Alysson de Souza, foi procurado pela RSN, mas não atendeu o chamado. “Nós precisamos saber como estão as investigações e tememos pela vida dos meninos (John e Maycon), porque não sabemos do que esse homem é capaz de fazer”, disse a tia.

Cristina Esteche

Jornalista

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