Por: Carol Rebello
Uma história de sofrimento e vitória. Esta é a trajetória de Dona Glória Judite de Ramos. Aos 63 anos, depois de ter vencido um câncer de mama, ela comemora e celebra a vida. “Não sei quando Deus vai me levar, mas por enquanto não quero ir e não deixei essa doença me vencer”.
Em 2012, depois de uma consulta de rotina, a médica que atendeu Dona Glória a pediu que realizasse uma mamografia, exame para verificar a condição das mamas. Dois dias depois, ela foi encaminhada ao oncologista. “Tomei aquele susto. No começo a gente se abala, mas como não tinha jeito pensei: ‘vou fazer o tratamento, e se Deus quiser, vou me curar’. Poucos dias depois já fiz a cirurgia e retirei o tumor maligno de mais ou menos três centímetros e aí começaram as dificuldades”.
As sessões de quimioterapia e radioterapia duraram cerca de oito meses e essa foi a pior fase da doença, de acordo com Dona Glória. “A quimio acaba com você. Da vontade de morrer. Dói tudo, a imunidade do corpo cai e a gente fica meio sem ânimo. A radio é melhor, pena que tive que fazer em Ponta Grossa. Ficar longe da família é ruim nesse período. Apesar de tudo, não posso reclamar. Sempre fui muito bem tratada por todos, principalmente na casa de apoio em que ficava”.
Não bastasse a doença, Dona Glória passou por uma dificuldade ainda pior. “Treze dias depois que retirei o tumor, meu esposo faleceu. Aquela pessoa que sempre estava do meu lado se foi e fiquei ainda mais sem chão. Ergui a cabeça, reuni mais forças e continuei”.
Depois de enfrentar as dificuldades, ela se considera vencedora e ainda com maior gosto pela vida. “Eu sofri muito, não é fácil, mas sabe o que levo disso tudo? Sou vitoriosa, superei todos os problemas e estou aqui, firme. Chorar pelos cantos não vai melhorar a situação de ninguém. Olhe eu aqui, com 63 anos, firme depois de ter me curado dessa doença”.