22/08/2023
Segurança

Exumação aponta que mãe de Ana Claudia também pode ter sido assassinada

O autor do crime de Ana Claudia Cesewenka Batista, 26 anos, Reginaldo Casagrande Gomes, 39 anos, pode ter assassinado a mãe dela, Natália Czuenka.

+ Suspeito de ter matado Ana Claudia pode também ter assassinado a sogra

A exumação dos restos mortais foi realizada na manhã dessa quinta feira (17), no Cemitério Municipal do Bairro Boqueirão, em Guarapuava. A informação foi dada por Jardilina Dezevenka, irmã de Natália, à Rede Sul de Notícias, na manhã desta sexta feira (18). De acordo com Jardilina, o irmão Renato Dezevenka acompanhou a exumação que começou por volta das 10 horas.

“O médico que fez a perícia constatou que a minha irmã foi envenenada. Parte do pulmão estava duro”.

Natália Czuenka foi encontrada morta em casa quase um ano antes da filha ser assassinada.  A possibilidade da mulher  ter sido vítima do genro foi levantada no dia da morte de Ana Claúdia quando Jardilina contou que a irmã era vítima de estupro por parte de Reginaldo. “Ele levava a Ana Claudia para a Unicentro (Universidade Estadual do Centro Oeste) e voltava para casa onde agredia a minha irmã. Ele ameaçava que mataria ela e a filha, caso houvesse algum tipo de denúncia. Ela me contou tudo”.

De acordo com Jardilina, no dia em que Natália morreu, vizinhas conversaram com a vítima entre às 7h00 e 7h30 da manhã. “Minha irmã estava de pijama cor de rosa e conversou com uma vizinha quando tinha ido comprar pão. No meio da conversa ela disse que estava com frio e que ia entrar na casa”. Minutos depois, vizinhas viram Reginaldo pular a grade da casa de Natália e pouco tempo depois sair. “Ele estava com uma touca na cabeça”.

Às 11 horas quando Ana Claudia retornou da Universidade encontrou a mãe morta e uma carta de despedida assinada por ela.  A mulher também estava com outra roupa.  “Quando entregamos a carta à polícia no dia em que a Ana Claudia morreu os policiais estranharam porque no final estava escrito que era para ela (Natália) assinar como estava na Carteira de identidade e colocar a data. Minha irmã foi obrigada a escrever a carta”.

Segundo Jardilina, foi o próprio Reginaldo quem chamou a ambulância e cuidou de todos os detalhes do funeral, impedindo que Ana Claudia ou qualquer outro familiar tomasse alguma providência.

Pouco mais de um ano depois, a história se repete com a filha de Natália. Em processo de separação de Reginaldo, Ana Claudia foi assassinada após ter sido espancada. Reginaldo foi quem chamou a ambulância. “Ele bateu na minha sobrinha durante horas, a estuprou depois a estrangulou e foi trabalhar. Ainda pediu uma marmita para almoçar quando sempre pedia duas. Ele só escapou porque uma vizinha gritou para que chamassem a polícia e aí ele foi preso”. O crime aconteceu no Bairro Santana.

Reginaldo está na cadeia de Guarapuava desde o dia 25 de janeiro de 2013, dia em que Ana Claudia foi morta. Ele está sendo acusado por homicídio triplicamente qualificado.

O delegado Alysson de Souza foi procurado pela RSN, mas a informação recebida é de que se encontra em viagem e só retorna na segunda feira (21).

 

 

Cristina Esteche

Jornalista

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