A confirmação da cassação do prefeito Marcos Seguro (PSD) e do vice Carlos Schneider, de Turvo, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), ganha repercussão nas redes sociais contrária à decisão. Eleitos pela coligação “Turvo pode Mais”, composta pelos partidos PP, PSC, PHS, PSDB e PSD, com 47% dos votos válidos, para mais quatro anos de mandato, Seguro vem tendo turvenses com protagonistas de defesa.
“O povo vai fazer valer a democracia… ah, isso vai… o povo votou, o povo elegeu, e a vontade do povo prevalecerá, de uma forma ou de outra a justiça se fará. Força e Fé, sempre”, diz uma das postagens.
“Depois que o STF fez em questão do mensalão não duvido mais nada dos nossos juízes”, diz outra. “Marcos deveria ser julgado pelo Joaquim Barbosa, juiz este que merece respeito devido a sua postura ética junto ao STF. Creio que a historia seria diferente”. As manifestações de solidariedade seguem nessa linha e são muitas.
O TRE condena Seguro e Carlinhos pela distribuição cestas básicas durante a campanha eleitoral. Essas acusações, porém, são contestadas desde o início e a ação foi ganha em primeira instância, mas reformada em instância superior. “A gente entende e aceita a decisão da Justiça, mas não compreendemos como ela foi tomada. Nós mostramos no processo que as testemunhas estavam prestando informações falsas. As testemunhas são cabos eleitorais da oposição e elas declararam isso no dia do depoimento. Os índios que eles arrolaram como testemunhas nem na aldeia moram”, argumenta Seguro desde o inicio do caso. As cestas distribuídas fazem parte de projetos sociais desenvolvidos pela Prefeitura há anos.
“O município era mais um para compor o time de cidades] que tinham esse programa. Houve, sim, a distribuição de cestas, mas de maneira nenhuma foi de forma eleitoral,” disse Carlinhos em entrevista concedida ao jornal Gazeta do Povo, referindo-se a outros municípios que tem o mesmo programa.
A decisão da Justiça Eleitoral determina a perda do mandato, inelegibilidade e pagamento de multa de R$ 12 mil. A defesa já recorreu decisão no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).