Bárbara Franco
As luvas, botinas e macacões produzidas pelos presos da Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG) eram vendidas para todo o Brasil. Após rebelião desta semana as fábricas ficaram totalmente destruídas. De acordo com o coordenador do projeto das fábricas na PIG, Luiz Carlos Leitão, eram produzidas por dia aproximadamente 3600 pares de luvas.
Somados o número de presos que trabalhavam nas duas fábricas eram mais de 140. Eles recebiam o salário mínimo regional. Apesar dos estragos e prejuízos, causados Luiz pretende dar continuidade no projeto e manter a fábrica na PIG.
Luiz conta que no momento da rebelião três de seus encarregados estavam na fábrica. “Os meus encarregados estavam na fábrica quando alguns rebelados entraram no local e começaram o tumultuo. Os próprios presos que eram funcionários da empresa fizeram uma corrente para impedir que os detentos pegassem meus funcionários”.
O diretor interino da PIG Aclinio José Amaral informou que o tamanho dos prejuízos nas fábricas quanto aos materiais ainda não foi estimado. “Quem faz essa estimativa são os donos das fabricas, mas sabe-se que o valor será alto”. Ele informou ainda que quanto a estrutura física o responsável é o Estado, e que esta sendo pedido uma licitação emergencial para que os estragos sejam arrumados o mais rápido possível.