22/08/2023
Geral

Tarifa de táxi sofre reajuste de 20% em Guarapuava

imagem-62587

Após seis anos sem reajuste, os taxistas receberam 20% de aumento na tarifa cobrada. Assim, a bandeirada, valor de início da corrida, passa de   R$ 4,50 para R$ 5,40 a partir desta semana em Guarapuava. A hora parada deixa de custar R$ 10,90 e custará para o passageiro R$ 13,10. O quilômetro rodado passa de R$ 2,90 para R$ 3,20 com a implantação da nova tarifa.

Existe uma controvérsia sobre o tempo em que a tarifa não sofre reajustes. Para os taxistas entrevistados pela Rede Sul de Notícias, nos últimos 11 anos é a segunda vez que o valor sofre aumento. Já para Erondi Wainer, da fiscalização tributária da Prefeitura Municipal de Guarapuava, que baixa a regulamentação de aumento, ela ocorreu também em 2009,  mas não soube explicar os índices.

 

Para que os taxistas possam rodar e fazer a cobrança do novo valor  é obrigatório que  seja feita uma alteração no taxímetro. Em Guarapuava há apenas um profissional credenciado pelo Inmetro que efetua este tipo de serviço. Fernando Pereira de Almeida é técnico de taxímetro há três anos e meio e a primeira vez que passa pela experiência de, em aproximadamente três dias, ter que implantar novo tarifário em 129 táxis oficialmente cadastrados. “Tem sido uma maratona, mas preciso efetuar a modificação para que eles possam trabalhar dentro das novas tarifas.”

Para a alteração do valor no taxímetro o taxista tem que desembolsar    R$ 230,00 no ato do serviço mais a taxa paga para o Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Paraná (IPEM) que vistoria o carro após a alteração.

Caso o carro seja reprovado por qualquer avaria em uma ou nas duas bandeiras, ele volta para ser averiguado novamente. O funcionamento correto do taxímetro é essencial para que o IPEM aprove o veículo prestador de serviço.

O metrologista do IPEM Noel dos Anjos destaca que o taxímetro deve ser instalado em local visível para o passageiro acompanhar o valor da corrida. Este item é fator de reprovação caso não esteja posicionado em lugar correto. “Se o taxista agir de má fé pode passar da bandeira 1 para a 2 sem que o passageiro perceba e aí estará pagando mais caro pelo serviço”, alerta.

O taxista João Chicalski tem 27 anos de profissão e diz que o aumento respeita o índice inflacional e o que mais preocupa a classe em Guarapuava é a quantidade de carros rodando ilegalmente se passando por táxis. “Se não tem placa vermelha e taxímetro é clandestino e o passageiro deve ficar atento para os riscos que corre ao utilizar um carro não credenciado."

 

 

 

Cristina Esteche

Jornalista

Relacionadas

A missão da RSN é produzir informações e análises jornalísticas com credibilidade, transparência, qualidade e rapidez, seguindo princípios editoriais de independência, senso crítico, pluralismo e apartidarismo. Além disso, busca contribuir para fortalecer a democracia e conscientizar a cidadania.