22/08/2023

Os bons pastores não podem pagar pelos maus

Na última semana iniciei um debate que eu já sabia que teria grande repercussão, pois é assunto que envolve muita gente e, principalmente, envolve religião.

Chamei de PATIFE um pastor que vendia lenço com uma carta que ensina a usá-lo através de um programa de rádio. Deixei bem claro que não estava generalizando e, em hipótese alguma, colocando a religião e a crença das pessoas acima desse fato infeliz. Apenas me mostrei indignado com a possibilidade de um homem, pastor, induzir as pessoas a gastar dinheiro com um pedaço de pano que sabe-se lá onde foi feito e por quem foi feito. Enfim, demonstrei minha indignação.

Porém esse fato gerou desdobramentos.

Fui procurado por muitas pessoas que concordaram com minha posição, mas alertaram para o fato de existirem os bons e os maus pastores (apesar de eu sempre saber que é assim), onde os bons não poderiam pagar pelos maus.

Me aprofundei, busquei informações e constatei que em Guarapuava há um grupo de pastores que não trabalha sob os holofotes da mídia. Há um grupo que não busca dinheiro dos fiéis para enriquecer sua Igreja ou a si próprio. Há um grupo que se doa, de corpo e alma, para as causas da comunidade.

Hoje vou usar o trabalho do pastor Rilson Mota como exemplo.

Funcionário público federal, o pastor Rilson é exemplo de dedicação e doação às causas humanitárias. Ele e um grupo de fiéis correm os bairros e a periferia de Guarapuava levando o evangelho, a palavra de Deus, às pessoas menos favorecidas, ou mais necessitadas.

Rilson usa dinheiro do seu bolso para executar os programas sociais. Promove reuniões coletivas, leva informação e estrutura para que prostituas deixem as ruas, para que crianças deixem as ruas, para que bêbados e drogados encontrem um caminho de paz, deixando de lado a vida desregrada que seguem.

Acima de tudo, Rilson defende a família como a verdadeira estrutura da sociedade. Nas suas palestras deixa claro que a família é a base de todo cidadão e se as pessoas que ele busca auxiliar não têm família, ele oferece a sua própria como alento para elas. 

Rilson abriu o seu coração, a sua alma e a sua casa para os necessitados. 

O que mais me chama atenção, e me deixa orgulhoso de ter conhecido um pouco da sua personalidade, é que ele não quer nada em troca, não precisa vender lenços ou sei lá oque. A sua crença em Deus é tamanha que o move e o motiva em sua caminhada.

Rilson é exemplo de que o bem deve sempre prevalecer. É exemplo de homem, de marido, de pastor.

Com o exemplo de Rilson, os maus nunca se sobressairão aos bons pastores.

Meu reconhecimento ao trabalho de Rilson Mota, que se estende a todos os bons pastores.

Meu reconhecimento ao Conselho dos Pastores de Guarapuava, que se une na defesa dos anseios da população.

Cristina Esteche

Jornalista

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