A manifestação no caminho para Quellon!

O dia começa com clima de despedida. Desmonto meu acampamento, tudo sendo guardado novamente no seu devido lugar. A última a ser desarmada é a barraca. Tudo já estava em ordem em seus respectivos lugares. Fui também até Pucon dar adeus aos amigos que tinha feito.

Depois da minha partida, em poucos minutos já estava longe dos meus amigos e familiares, em direção ao sul. O momento marcante na viagem foi quando vi o Pacifico pela primeira vez.

Chegando na Ilha Chiloé, rumei ao sul até a cidade Quellon. Quando estava perto de lá, soube que tinha um protesto na entrada da cidade e ninguém conseguia passar. Era uma manifestação de pescadores que estavam reivindicando seus direitos. Mesmo assim segui, pois minha única solução para sair da ilha era pelo Ferry Boat de Quellon, caminho da manifestação. Chegando a barreira já avistei todos veículos detidos e segui um outro veiculo até a frente da barreira para ver se conseguíamos passar, mas de imediato os manifestantes mandarão o veiculo a minha frente a voltar. Fiz uma oração na hora, pois minha maior necessidade era transpor esta barreira. Ao terminar de orar o líder dos manifestantes me perguntou o que eu queria, e lhe contei que estava em viagem e precisava viajar para o continente. Sem excitar, ele deu a ordem para abrirem a barreira e como em um milagre passei pelo meio daquela multidão enfurecida.

Agora sim estava em Quellon! Fui até a agência que vende as passagens para o translado da ilha, mas estava fechada. Conversando com habitantes do lugar, me disseram que por conta do protesto os navios e balsas não tinham clientes e não iriam sair por muitos dias. Decepcionado pela situação, mas feliz de estar na cidade e de não ter ficado a deriva na estrada.