Mais de 6,6 milhões de crianças até 5 anos morreram em 2012, revelou nesta quinta feira (30) o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Os números foram divulgados no relatório anual sobre A Situação Mundial da Infância em Números da instituição. Para o Unicef, estas mortes, a maioria de causas evitáveis, constituem uma "violação do direito fundamental das crianças à sobrevivência e ao desenvolvimento".
De acordo com o relatório, 15% das crianças do mundo são obrigadas a fazer trabalhos que "comprometem o seu direito à proteção contra a exploração econômica e infringem o direito de aprender e de brincar que lhes assiste".
De acordo com informações da Agência Brasil, a Unicef aponta outro exemplo de violação dos direitos das crianças: 11% das meninas no mundo casam antes dos 15 anos, ameaçando o seu acesso à saúde, educação e proteção.
O documento também mostra "progressos notáveis", em particular após a assinatura da Convenção sobre os Direitos da Criança em 1989 e a definição dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. "Cerca de 90 milhões de crianças, que teriam morrido antes dos 5 anos se as taxas de mortalidade infantil tivessem se mantido nos níveis de 1990, sobreviveram. Em grande medida, graças aos progressos na prestação de serviços de imunização, saúde, água e saneamento", diz o Unicef.
A organização diz ainda que as melhorias na nutrição permitiram diminuir em 37% os atrasos de crescimento, desde o início da década de 1990, e a frequência no ensino primário aumentou, incluindo os países menos desenvolvidos. "Em 1990, apenas 53% das crianças eram admitidas na escola [nos países menos desenvolvidos]. Em 2011, esse percentual aumentou para 81%", indica o Unicef.