O anúncio de que a Unicentro (Universidade Estadual do Centro Oeste) terá um curso de medicina marca mais um ponto na transformação de Guarapuava num polo educacional. A possibilidade surge em meio ao processo de qual das duas faculdades privadas, Campo Real e Guairacá, terá o curso autorizado pelo Governo Federal e no qual as universidades estaduais estão excluídas, justamente porque cabe ao Governo do Estado essa prerrogativa. Significa dizer que a região de Guarapuava onde existe um vácuo nesse curso terá, em vez de um particular, dois e um deles, será público.
A implantação do curso na Unicentro é uma antiga reivindicação da comunidade acadêmica e da própria universidade. Embora, os ex-governadores Jaime Lerner e Roberto Requião tenham vindo a Guarapuava e prometido o curso em época de campanha eleitoral, quem vai cumprir é o governador Beto Richa. Entretanto, a luta patrocinada pelo reitor Aldo Bona merece destaque. Mesmo sabendo que a Unicentro não estava incluída no projeto federal, em momento algum o reitor deixou de lutar para que o curso fosse viabilizado para a Universidade.
Quem ganha nesse processo é a comunidade acadêmica, é Guarapuava que a cada dia que passa se transforma em polo educacional, gerando oportunidades, empregos, atraindo profissionais de fora, mudando a cultura do município e, principalmente, gerando desenvolvimento. Mas nada disso não seria possível se não fosse a vontade política dos gestores públicos. Afinal, ter cursos de medicina no município significa possuir uma estrutura de saúde pública ao nível das exigências do Ministério da Educação; é ter humildade, fazer projetos e buscar recursos nas esferas estadual e federal e não omitir essas parcerias, em vez de preferir dizer que as poucas realizações tiveram recursos próprios.
A julgar pelas novas notícias, Guarapuava começa a encontrar o seu rumo e se prepara para um futuro promissor. Que assim seja!