Durante a abertura do 7º Encontro Empresarial Brasil-União Europeia, em Bruxelas, na Bélgica, a presidenta Dilma Rousseff disse hoje (24) que seu governo está comprometido com a solidez fiscal e com a superação da burocracia que caracteriza parte do Estado brasileiro e dificulta o maior crescimento da economia. A presidenta também ressaltou o esforço do país em melhorar a infraestrutura, capacitar mão de obra e investir em inovação.
“Estamos comprometidos desde o início do governo em avançar num novo ciclo de investimentos. Para nós, isso significa fundamentalmente investimentos em infraestrutura, educação e inovação. E, no caso do Brasil, especificamente, significa um grande esforço em superar a burocracia”, disse Dilma aos empresários europeus.
A presidenta ressaltou que o governo tem feito importantes parcerias com o setor privado para melhorias nas áreas prioritárias de investimento. Ela destacou também a participação de empresas europeias no programa de concessões de aeroportos e do setor de energia. “Nosso objetivo nesse programa de concessões é superar uma parte do gargalo da nossa economia em termos de competitividade, que é a questão do investimento em infraestrutura.”
Dilma chamou a atenção às oportunidades que surgem para investimentos na área de transporte de massa em várias cidades brasileiras que começam a aplicar recursos na construção e ampliação de metrô e veículos leves sobre trilhos (VLT). “Tem uma demanda imensa por bens e serviços nessa área.”
A presidenta disse que a retomada dos investimentos em infraestrutura no país mostraram também a necessidade de treinamento de trabalhadores. Em muitos casos, há escassez de mão de obra de qualidade. Dilma informou que investimentos maciços em educação serão possíveis com os recursos provenientes dos royalties do petróleo, além de outras medidas para democratizar o acesso a informação, como a popularização da banda larga de internet no país.
Em relação à economia, Dilma disse que seu governo tem perseguido a redução da desigualdade sem abandonar a responsabilidade fiscal. Ela ressaltou que o país tem mais de US$ 370 bilhões em reservas e reduziu a dívida pública de 42% para 34% do Produto Interno Bruto (PIB) e a dívida bruta de 60,9% para 58,5% do PIB, além de se comprometer com superávit fiscal de 1,9% do PIB em 2014.