22/08/2023
Política

Sciarra defende reformas estruturais para consolidar a classe média

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O deputado federal Eduardo Sciarra (PSD) afirmou nesta segunda-feira (17), em São Paulo, que a consolidação da classe média brasileria depende de reformas estruturais que possibilitem dar continuidade à estabilidade econômica que ampliou o poder de consumo no país. Segundo ele, a realidade brasileira apresenta grandes dificuldades para escapar da chamada “armadilha da classe média”, que, para ser superada, necessita ainda de mudanças, como as reformas tributária, política e trabalhista, além das econômicas iniciadas com a implantação do Plano Real.

A afirmação foi feita durante a sua participação no painel “Reformas econômicas para a prosperidade e a consolidação das classes médias”, no primeiro dia do Seminário Internacional “Respostas Modernas e Democráticas às Demandas Sociais”, que contou com a participação de autoridades de 12 países ibero-americanos. Promovido em conjunto pela espanhola Fundação para Análises e Estudos Sociais (FAES) e pelo Espaço Democrático, fundação do PSD para estudos e formação política, o evento gerará uma publicação com as reflexões apresentadas pelos expositores.

Segundo Sciarra, para a classe média brasileira continuar a crescer é preciso criar um ambiente mais favorável. “Não se pode fazer política social a custa dos empreendedores, é preciso reduzir o ônus de quem produz e gera empregos”, disse. Em sua opinião, sem as demais reformas estruturais “não será possível resolver o problema de competitividade da economia para continuar alavancando a classe média”. Sciarra destacou que o Plano Real, que completou 20 anos, deu início a este ciclo de desenvolvimento econômico. Desde então, a classe média brasileira saltou de 68 milhões para 118 milhões de pessoas.

Para Sciarra, quando há medidas efetivas de mudanças, “a resposta do povo brasileiro é imediata”. Ele citou o exemplo das micro e pequenas empresas que apresentaram índices de crescimento e formalização “muito acima da média de antes” com a implantação de legislações modernizadoras e facilitadoras (Lei da Micro e Pequena Empresa e do Microempreendedor Individual).

Moderado pelo ex-senador de Santa Catarina, Jorge Bornhausen, além de Eduardo Sciarra, o debate sobre economia teve a participação do vice-presidente do Banco Santander, Marcos Madureira, do ex-ministro de Governo de Portugal, Miguel Relvas, do ex-vice-presidente do Peru Raúl Diez Canseco e do deputado Nacional do PRO Jorge Triaca, da Argentina.

Na segunda-feira, o evento contou também com o painel “Reformas políticas para melhorar a democracia e atender as novas demandas sociais” com participação de Guillermo Lasso, presidente do partido equatoriano CREO (Creando Oportunidades), do senador chileno Jovino Novoa, da UPLA (União dos Partidos Latino-Americanos), do presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Patah, e do deputado federal Guilherme Campos (PSD-SP).

A abertura foi feita pelo secretário-geral da FAES, Javier Zarzalejos, e pelo presidente do Espaço Democrático, Guilherme Afif, ministro da Micro e Pequena Empresa e vice-governador de São Paulo. Nesta terça-feira (18), o seminário teve a palestra “Visões da Economia Mundial: Perspectivas para a América Latina”, do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, e o painel “A Oportunidade dos Vínculos Atlânticos”, do qual participaram o ex-presidente do Uruguai Luis Alberto Lacalle; o ex-vice-ministro da Defesa da Colômbia Rafael Guarín; o ex-ministro da Agricultura de Portugal Jaime Silva; o embaixador e coordenador do Conselho Temático de Política Externa e Comércio Exterior do Espaço Democrático, José Botafogo Gonçalves; e o diretor de Assuntos Jurídicos da Fundação Miguel Estrada Iturbide, do México, Mario Fernandéz.

Ao meio-dia, aconteceu um “Diálogo de Encerramento” com o tema “Respostas modernas e democráticas às demandas sociais”, com o presidente nacional do PSD, ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, e o ex-primeiro-ministro espanhol José Maria Aznar.

Cristina Esteche

Jornalista

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