22/08/2023
Esportes Região

Edwarda Dias, atleta natural de Pinhão é bronze nas Paralimpíadas 2016

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Taís Nichelle

Guarapuava – Uma menina dedicada, talentosa e, acima de tudo, carismática: é assim que Edwarda Dias está eternizada na memória de seus conterrâneos no município de Pinhão. Para quem ainda não sabe, Edwarda -ou apenas Duda, como é conhecida por essas bandas- conquistou, integrando a Seleção Brasileira de Vôlei Paralímpico, a medalha de bronze nas Paralimpíadas 2016.

"Posso dizer que foi um sonho realizado, a paraolimpíadas é o maior evento esportivo do mundo em que só os melhores participam e foi uma honra enorme participar representando esse país maravilhoso e ainda sair com uma medalha inédita", conta a atleta.

Edwarda nasceu sem parte da perna direita e com uma má formação no pé esquerdo. Desde os primeiros anos de vida, se locomove com o auxílio de próteses e isso não a impediu de se apaixonar pelo esporte. Duda começou a praticar vôlei em escolas do município, nas categorias tradicionais.

Em um dos campeonatos, aos 13 anos de idade, ela foi descoberta por professores da equipe de voleibol sentado e desde então, passou a competir nas duas categorias. Aos 14 anos, foi convocada para a Seleção Brasileira de Vôlei Paralímpico. No início, ela continuou morando em Pinhão, conciliando os estudos com os treinos e os campeonatos em diversas cidades.

Conforme os compromissos profissionais foram crescendo, precisou mudar-se definitivamente para São Paulo, onde atualmente concilia os estudos com os treinos. Participou de Mundiais na Polônia, em Toronto e na China. Integrou-se à equipe do SESI-SP e conquistou o campeonato Brasileiro em 2014. Além do sucesso, a saudade também a abraçou no caminho.  "A adaptação foi tranquila, mas a saudade foi complicado. É difícil até hoje ir para minha cidade natal e voltar com o coração apertado", relata Duda. 

"É um orgulho muito grande ter visto ela na paraolimpíada. Agradeço a Deus por ter tido a oportunidade de participar um pouco da trajetória dela", declara o professor de Educação Física Paulo Sergio Wegrow, que acompanhou os primeiros passes, toques e saques de Duda, quando ela ainda morava em Pinhão.

Orgulho este que inunda a todos nós, como brasileiros, que fomos tão brilhantemente representados por Edwarda e toda a equipe. Para quem se encontra sonhando alto, ela deixa um conselho: "Nunca coloque limites em sua vida, você é capaz de muita coisa além do impossível, basta querer correr o risco!"

Cristina Esteche

Jornalista

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