22/08/2023
Economia

Consumidores paranaenses estão menos propensos a gastar

A intenção de consumo das famílias paranaenses em abril apresentou queda de 9,4 pontos em relação ao mesmo mês do ano anterior. O indicador, medido pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR), que era de 149 pontos em abril de 2013, baixou para 140,5 em abril de 2014. Nas classes A e B, o nível de consumo soma 144,6 pontos e nas classes C,D e E, a intenção aparece mais tímida, com 139,6 pontos.

De acordo o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, essa retração no consumo é reflexo do fraco crescimento da economia brasileira e da alta nas taxas de juros. "O fantasma da inflação voltou a afetar os ânimos dos brasileiros, que acabam freando seus gastos, especialmente em bens de maior valor", avalia.

Porém, mais da metade das famílias entrevistadas, 56%, revelou estar se sentindo mais segura com relação ao emprego atual, dado muito similar ao de abril do ano passado (55,6%) e ao registrado em março (55,9%).

Com relação à perspectiva profissional, 46,3% esperam ter alguma melhora nos próximos seis meses. Em abril do ano passado, o otimismo quanto ao emprego estava melhor, com 53%. Hoje, para 74,2% a renda atual está melhor do que em comparação ao mesmo período do ano passado.

Na média, para 72,4% dos entrevistados, o acesso ao crédito está mais fácil. Dado também similar a mês de abril de 2013, que era de 74,9%. Essa percepção, porém, é diferente conforme a renda familiar. Entre as classes A e B, 75,9% consideram que o crédito está mais acessível, já nas classes C, D e E, esse percentual é de 71,6%.

Diante de variáveis favoráveis tais como segurança do emprego, melhora profissional e facilidade de acesso ao crédito, 61,8% acreditam que o consumo de sua família e da população em geral para os próximos meses será maior do que no segundo semestre do ano passado. Em março, tal perspectiva era citada por 59% dos entrevistados. No entanto, em abril de 2013 a propensão ao consumo era ainda maior, com 71,9%.     

Cristina Esteche

Jornalista

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