22/08/2023
Cotidiano

Folia do Divino toma conta do Calçadão neste sábado em Guarapuava

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Por Cristina Esteche

Quem estava no Calçadão da XV de Novembro na manhã deste sábado (17) viu um pouco do que será a  23ª Festa do Divino Espírito Santo, na Paróquia da Vila Bela, de 23 de maio a 08 de junho.

Pessoas vestidas tipicamente de acordo com a festa popular “Folia do Divino” tomaram conta do Calçadão com a intenção de divulgar a festa.

De acordo com o padre  Rodrigo Piola, pároco,  a comunidade, ao mesmo tempo em que resgata uma tradição popular,  recupera a devoção e promove a comunhão entre os devotos.

“São 40 foliões que vão de casa em casa levando a bandeira do Divino, despertando a fé. Vizinhos e curiosos também acabam entrando em oração, promovendo a fé católica”.

De acordo com padre Rodrigo, a pesquisa para recuperar a festa popular foi feita pelo padre Rogério, que também atua na paróquia.

Neste domingo (18), às 18h30 haverá quermesse e das 18h00 às 23h30 acontece  a procissão das bandeiras e imagens do Divino de casa em casa.

De acordo com a pesquisa, existem duas versões da Folia do Divino: a folia da roça ou rural e a folia da cidade.

A rural, considerada  o mais original elemento da Festa do Divino, se baseia na origem quando reis alemães da baixa Idade Média  percorriam a região angariando fundos para alimentar e prover o povo em época de penúria. Outra versão, a mais comum, é de que a tradição foi trazida pelos portugueses.

Hoje, durante uma semana os foliões a cavalo percorrem fazendas e casas levando as bênçãos do Divino, é recolher  donativos e  chamando o povo para a festa.  No interior a alimentação e o pernoite é dado aos devotos foliões por fazendeiros, os chamados Pouso de Folia. Sempre  há grande festa, chegando a reunir milhares de pessoas durante a noite. Há muita fartura de comida que é oferecida gratuitamente a todos. Para os donos da fazenda oferecer o pouso é receber em casa o Divino Espírito Santo.

A Folia Urbana ou Folia da Cidade,  se diferencia da rural  porque os devotos foliões andam à pé e não a cavalo, e visitam as casas na rua. É menor em número de participantes e a maioria pernoita em sua própria casa. Mas, de resto, as bandeiras as invocações e a liturgia é bastante parecida com a Folia da Roça.

Cristina Esteche

Jornalista

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