22/08/2023

No banco de apostas, prefiro o ´azarão´

A Copa do Mundo se aproxima e com isso aumentam as “profecias” negativas por parte de segmentos da sociedade brasileira. "A Copa será um fiasco", dizem os pessimistas, muitos por conveniência. Tudo bem que há obras em atraso, que os aeroportos ainda estão despreparados.

No “banco de apostas” o que menos interessa hoje é a equipe que será a campeã, mas os protestos que podem acontecer, os atrasos de voos e a estrutura nos aeroportos das cidades que serão sedes de jogos, a estrutura dos estádios e o possível fiasco que será a maior competição mundial, justamente na terra que é o berço do futebol.

Porém, a minha aposta será no “azarão”, pois acredito que momento em que a bola começar a rolar o brasileiro vai vestir a camisa verde e amarela e vibrar no compasso como se a nação brasileira tivesse apenas um coração. O Brasil vai parar para ver a seleção “canarinho” em campo e todos os gritos se unirão num única voz: é campeão, é campeão, é campeão.

O brasileiro é assim. Quando provocado, ele critica, sai às ruas, protesto. Mas ainda somos o país do futebol e vivemos essa sensação todos os dias quer seja driblando crises ou vibrando com conquistas.

Protestos, eventuais atrasos e outros problemas poderão acontecer sim e acredito que estão sendo “treinados” taticamente por agremiações politicas que, na contramão da maioria do povo brasileiro, torcem para que a seleção perca a Copa para ter reflexos negativos nas eleições.

Mas a massa verde e amarela, o povo, se entregará de corpo e alma à emoção da Copa do Mundo. Amigos e famílias vão se reunir, estourar pipoca, gelar a cerveja, fazer churrasco e na hora da competição ficar à frente da tevê, roendo as unhas, cruzando os dedos. Cada um será técnico, comentarista, torcedor fanático e, acima de tudo, brasileiro.

Passada a Copa, a “ficha vai cair” e aí é hora de continuar jogando tendo como alvo as urnas nas eleições de outubro, momento do Brasil sair vitorioso com os gols que serão marcados no voto. E como no futebol, é hora do País ser o grande vitorioso. Nessa competição, porém, quem entra em campo não são os candidatos, mas o povo brasileiro que vai escolher em qual lado vai marcar o gol.

Cristina Esteche

Jornalista

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