Obra salesiana em Guarapuava precisa de recursos para manter atividades

Por Cristina Esteche – Foto: Padre Dacio e ajovem Emanuele Faria

Se a pergunta é quantos adolescentes e jovens já foram capacitados pelo Instituto D. Bosco em Guarapuava a resposta está na ponta da língua. “Perdemos as contas nestes 25 anos de implantação em Guarapuava, mas, semanalmente, atendemos entre 400 e 600 jovens”, diz o padre Dácio Bona, diretor da obra salesiana na Vila Carli.

Mesmo assim, a obra funciona com falta de recursos e com o apoio da comunidade. A Prefeitura faz um repasse mensal de R$ 2,5 mil, o equivalente a R$ 30 mil por ano, quando são necessários R$ 400 mil anuais para suprir os gastos. “Hoje a maior parte desse valor nos é repassado pela Província, já que recebemos mais R$ 70 mil do Imposto de Renda Devido e com promoções. Mas isso significa penas um terço do valor para manter a obra como está”.

Seguindo os preceitos de D. Bosco cuja máxima é cuidar de adolescentes e jovens, sem nenhuma forma de repúdio, mas promovendo socialmente, a obra salesiana está presente em 37 países e em 2015 comemora 200 anos do nascimento do padroeiro e 150 anos da criação do instituto.

Durante esse século e meio de atividades, a capacitação para o trabalho se dá de várias formas, mas oficinas e cursos são as mais  desenvolvidas. Em Guarapuava, de acordo com o padre Dácio, acontecem aulas de artesanato, violão, digitação em teclado de antigas máquinas de escrever, para então passar ao computador. “Tenho dó de me desfazer das máquinas e como não temos computadores suficientes, usamos os equipamentos antigos”. De acordo com o sacerdote, a promoção humana, cívica e cristã, sem dar ênfase a religiões, também fazem parte da capacitação. “Temos alunos de várias religiões, que não a católica”.

 As oficinas são divididas por faixa etária. Entre 18 anos e 24 anos os participantes são incluídos no Jovem Aprendiz com aulas de informática e auxiliar administrativo 1, durante as tardes, das 13h30 às 17h30. Para quem deseja aprender panificação as aulas são entre 13h30 às 17h00 e das 8h00 às 12h00; marcenaria das 13h30 às 17h30; corte e costura e informática para adultos, outra parcela que também é atendida, das 19h00 às 22h00. Segundo o padre Dácio, há turma montada para mecânica e solda, mas faltam equipamentos.

“Com tudo que oferecemos ainda nos faltam recursos. É preciso que empresários e contadores se conscientizem sobre o Imposto de Renda Devido, conheçam o trabalho da obra salesiana e  destinem o imposto para nós”.