![Codanorte](https://redesuldenoticias.com.br/content/themes/rsn-portal/"media/logo/rsn-logo.png"){kind=logo}
Foto: Danilo Borges
Por Luiz Carlos Knuppel Junior
Ao final do jogo, uma entrevista do técnico Herrera a um canal de televisão mexicano, refletiu bem o que foi a partida de ontem entre Brasil e México. Em sua pergunta, o repórter perguntou a Herrera como ele classificava o empate com o Brasil jogando “em sua casa e em sua Copa”.
Mas será que a Seleção tem a real noção do que é jogar em casa, será que Felipão e seus comandados realmente sabem que a “Copa é nossa”. Como donos da casa, donos da festa, o Brasil tem a obrigação de ao menos dar tudo de si e tomar a iniciativa dos jogos. Não foi o que aconteceu no jogo de ontem.
A seleção em momento nenhum e sob nenhum aspecto conseguiu dominar o México no Castelão. Nem mesmo a torcida, que é o grande trunfo brasileiro para a conquista da Copa, fez o seu papel. Os torcedores brasileiros, com exceção do momento da execução do hino nacional, ficaram calados durante a maior parte do jogo e foram abafados pelos gritos dos torcedores mexicanos, em menor número.
Dentro de campo, o time brasileiro também foi sufocado pelos mexicanos. Presos na marcação, os brasileiros tiveram pouca criatividade e mobilidade para conseguirem alguma jogada mais perigosa de ataque. Quando o Brasil conseguiu chegar próximo ao gol de Ochoa, o goleiro mexicano fez milagres e segurou o empate.
No segundo tempo, o jogo ainda ficou pior para o Brasil com o México pressionando a defesa brasileira, que não conseguia dar saída a bola. Com os volantes e meio de campo jogando mal, faltou quem carregasse a bola até os atacantes.
No setor ofensivo, Fred não conseguia segurar a bola e errava muitos passes. Se o centroavante e jogadores como Paulinho, Marcelo e Daniel Alves já haviam sido criticados na primeira partida, as reclamações deverão ser ainda mais pesadas depois de o jogo de ontem, já que os atletas conseguiram repetir uma atuação tão ruim ou ainda pior que a do primeiro jogo.
Nem Oscar, que se destacou diante da Croácia, foi bem diante do México De positivo apenas as atuações seguras de Julio Cesar e Thiago Silva.
O jogo do Castelão foi um daqueles jogos chaves dentro da competição, que irá moldar o futuro do Brasil na Copa do Mundo. Ou Felipão usa o jogo de ontem como exemplo para concertar erros táticos e técnicos graves ou a partida diante do México será o começo de um declínio da seleção canarinho, que dificilmente passará das oitavas ou quartas de final com este time.
