22/08/2023
Geral

´Nosso desafio é restabelecer a rotina de Guarapuava´, afirma Cesar Filho

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* Por Rogério Thomas

+ Prefeito anuncia corte de 40% no próprio subsidio e 10% nos comissionados e secretários

O prefeito de Guarapuava, Cesar Filho (PPS), apresentou na tarde desta quarta feira (18) um relatório completo dos estragos causados pelas chuvas que caíram na região entre os dias 06 e 08 de junho. Além disso, o prefeito apresentou as ações do Plano de Recuperação de Danos (PRD) de Guarapuava, que engloba um extenso e imediato projeto de reestruturação dos locais atingidos pelas chuvas. “Nosso desafio é restabelecer a rotina de Guarapuava o mais rápido possível. Não podemos deixar que esse evento (as chuvas) atrapalhem a onda de desenvolvimento econômico e social pelo qual o município está passando. A solidariedade e união dos guarapuavanos deve permanecer após o evento. A reconstrução de Guarapuava não cabe só ao prefeito, mas a toda a comunidade , que demonstrou a força que tem nesse momento de crise”, afirmou o prefeito.

 PLANO DE RECUPERAÇÃO

Durante coletiva à imprensa no auditório da Faculdade Guairacá, Cesar Filho assinou dois decretos, sendo que um desapropria três áreas para a construção de 178 unidades habitacionais, que serão direcionadas para as famílias afetadas pela catástrofe. No outro decreto, Cesar Filho determina redução de 15% nas despesas correntes de todas as secretarias municipais (exceto Saúde, Educação e Assistência Social); redução de 15% na aquisição de bens e capitais de todas as secretarias (exceto na Saúde, Educação e Assistência Social); corte de 40% no subsídio do prefeito permanentemente; corte de 10% nos subsídios dos secretários e da vice prefeito pelo período de seis meses; e corte de 10% no TIDE dos servidores comissionados com salário acima de R$ 3 mil pelo período de seis meses.

No levantamento apresentado pelo prefeito, o município necessita de cerca de R$ 10 milhões para resolver as situações mais criticas. “Temos que usar nossas próprias pernas, e por isso estamos realizando esse ajuste orçamentário. A ajuda dos governos do Estado e Federal são importantes, mas é um processo muito demorado. Não temos esse tempo, pois precisamos restabelecer a rotina econômica e social o mais rápido possível”, enfatizou.

Entre as obras que estão em andamento e sendo priorizadas para a recuperação imediata das áreas mais atingidas, Cesar Filho destacou:

– A manutenção do aluguel social para 26 famílias;

– Desapropriação de três áreas para a construção de 178 unidades habitacionais;

– Trabalho de desassoreamento de rios e arroios da área urbana;

– Desapropriação de 26 lotes no Residencial 2000;

– Readequação de cerca de mil quilômetros de estradas rurais e de ruas na cidade (a operação tapa buraco iniciou já na quarta feira (11));

– Reconstrução de cerca de 40 pontes;

– Reconstrução da ponte do Rio Jordão.

“Com essas obras, nós conseguimos dar mobilidade, principalmente, aos pequenos agricultores e moradores da área rural. Além deles não terem condições de produzir e escoar a produção, o transporte escolar também está prejudicado”, enfatizou.

LEVANTAMENTO DOS ESTRAGOS

O levantamento apresentado por Cesar Filho apontou que nos quatro dias, entre 05 e 08 de junho, choveu 422,6 milimetros, sendo que para o mês inteiro. Este foi considerado maior desastre natural já ocorrido em Guarapuava desde o início desse modelo de medição de catástrofes.

Os prejuízos estimados para cada setor na iniciativa privada foram:

– Agricultura: R$ 10 milhões;

– Pecuária: R$ 5 milhões;

– Indústria: R$ 6,25 milhões;

– Serviços: R$ 10 mihões.

TOTAL: R$ 31.250.000,00

As chuvas fortes atingiram com maior intensidade 12 bairros na Sede e seis localidades do interior do município.

No total, a catástrofe deixou dois mortos, oito enfermos, 1.200 pessoas desalojadas, 344 pessoas desabrigadas e foram utilizados oito abrigos.

SOLIDARIEDADE

Durante todo o evento, o prefeito enfatizou constantemente a importante união e solidariedade dos guarapuavanos. “Nós tivemos apoio fundamental do Exército, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar, do Rotary, dos Jipeiros, dos Escoteiros, enfim, foi uma mobilização popular nunca vista na história de Guarapuava. E ainda há muita gente se mobilizando para atender os necessitados. O Município sozinho não poderia ter agido com tanta rapidez, pois cinco dias após o evento mais de 90% das pessoas atingidas já haviam recebido apoio. Esse espírito de união tem que continuar permanentemente pelo bem de Guarapuava”, afirmou.

Através do Comitê de Crise, 1.592 famílias foram atendidas, totalizando 4.803 pessoas. 

Cristina Esteche

Jornalista

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