Por Cristina Esteche
O Gaeco ( Núcleo do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) (GAECO) realizou, nessa quinta-feira (19), mais quatro prisões temporárias, durante operação que investiga irregularidades na licitação da construção do anexo do Tribunal de Contas do Paraná. As investigações foram iniciadas há cerca de três meses
Ontem quarta, o Gaeco já havia prendido o diretor do TC Luiz Bernardo Dias Costa. Ele foi detido logo após receber R$ 200 mil de propina entregues pelo empresário Edenilso Rossi ligado à Sial Engenharia e Construção, empresa que venceu a concorrência pública para a construção de um anexo ao prédio do TC, no Centro Cívico, em Curitiba. O servidor é acusado de ter fraudado a licitação para beneficiar a empresa.
Além das prisões, policiais e promotores do Gaeco estiveram no prédio do Tribunal de Contas, onde cumpriram mandados de busca e apreensão. Foram recolhidos documentos da coordenadoria-geral – setor onde Costa estava lotado – e do departamento de licitações do TC. O coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, não quis dar declarações sobre a operação para não prejudicar as investigações e também porque o caso está sob sigilo judicial.
Processo licitatório está suspenso
Em nota divulgada nesta quinta, o Tribunal de Contas do Estado disse que suspendeu o processo licitatório 01/2013 até que as investigações sejam concluídas. “Em relação ao processo licitatório questionado, as obras não foram iniciadas e nem houve qualquer espécie de pagamento ou dispêndio de recursos públicos”, afirma o texto.
O texto diz também que o TC está tomando todas as providências necessárias para que o caso seja elucidado, possibilitando o pleno exercício da ampla defesa a todos os envolvidos.
A íntegra da nota
Em relação ao episódio ocorrido na tarde do último dia 18, o Tribunal de Contas do Estado do Paraná tem a esclarecer que:
1) Atendendo a determinação judicial, prestou todas as informações solicitadas pelo Gaeco, fornecendo documentos e dados relacionados a procedimento licitatório;
2) Em relação ao processo licitatório questionado, informa que as obras não foram iniciadas e nem houve qualquer espécie de pagamento ou dispêndio de recursos públicos. Até a completa apuração dos fatos, o processo está suspenso;
3) Está tomando todas as providências necessárias para que o caso seja elucidado, possibilitando o pleno exercício da ampla defesa a todos os envolvidos.