Por Cristina Esteche
A decisão para a escolha do candidato a vice na chapa peemedebista encabeçada pelo senador Roberto Requião foi adiada para o dia 30 de junho, última data para os partidos homologarem as candidaturas. Essa decisão abre a possibilidade de coligações com outros partidos. Uma das agremiações que pleiteia ocupar essa vaga é o PV da deputada federal Rosane Ferreira. A convenção “verde” acontece amanhã, sábado (21), data propositalmente escolhida por ser após a decisão do PMDB.
A convenção realizada nesta sexta (20) em Curitiba consagrou a candidatura própria de Requião ao governo do Paraná. O único nome definido na segunda parte da convenção é de Marcelo Almeida indicado por Requião para o Senado Federal. Marcelo Almeida teve uma atuação decisiva na reversão dos votos dos delegados nos últimos dias. As suplências também serão definidas até o dia 30.
A vitória do grupo “requianista” surpreendeu os convencionais favoráveis à coligação com o PSDB. Os 11 dos 13 deputados peemedebistas que encabeçaram essa tendência davam como certa a vitória pró coligação com uma margem de 150 votos de diferença. Requião venceu por 319 contra 250, ou seja, 69 votos a mais. É justamente essa diferença que causa mais indignação aos defensores da coligação. “É uma diferença muito grande”, comentavam deputados.
“Até agora não sabemos o que aconteceu. Levamos tiros de todos os lados e não sabemos quem atirou”, metaforizou o deputado Artagão Junior à Rede Sul de Notícias. “Não tem como apoiar o Requião”, declarou Nereu Moura. Se o discurso do deputado Caíto Quintana antes do resultado da votação, era de que se Requião ganhasse todo o PMDB se uniria em torno dessa candidatura, após a contagem dos votos, abalado, preferiu não se declarar. Caíto era um dos nomes que pleiteava a vice de Beto Richa numa possível coligação.
Uma espécie de catarse tomou conta dos peemedebistas derrotados. Nenhum dos deputados contatados soube dizer qual a posição da bancada após o resultado final da convenção.