A escolha de candidatura própria do PMDB define o perfil do cenário político paranaense nas eleições deste ano. Com a candidatura de Roberto Requião ao Governo do Paraná, começa a ser traçado um possível segundo turno. Estão no páreo, além de Requião, o governador Beto Richa (PSDB) e a senadora Gleisi Hoffmann (PT).
Porém, Requião já sai vencedor, afinal derrotou 11 deputados do seu próprio partido, que trabalharam pela coligação com o candidato tucano. E fez tudo praticamente sozinho, pelo menos começou solito, no corpo a corpo, visitando convencionais; bem ao seu estilo, denunciou a possível compra de votos, chamou o diretório nacional.
Quem perdeu pontos nessa largada foi o governador Beto Richa, que tinha como certa a vitória na convenção peemedebista. Mas se os governistas não terão uma noite tranquila nesta sexta para sábado, a senadora Gleisi Hoffmann, com certeza, também sofrerá insônia. Afinal, Requião mostrou que está de volta e que veio para embaralhar o meio de campo.
“O PMDB mostrou que é forte e que não está à venda e não aceita cargo em comissão. Não fui eu que venci, foi o velho MDB de guerra”, discursou.
Esse retorno deixa o clima tenso no ninho tucano e nas hostes petistas. Afinal, se a palavra de ordem “Requião está de volta” tomou conta do salão da Urca nesta sexta (20) o senador tem grandes chances de ser o adversário de Beto Richa num possível segundo turno ou de apoiar Gleisi contra o governador numa próxima rodada da eleição deste ano.