Por Luiz Carlos Knuppel Junior
Colaborou Filemom Mokochinski
Quem passa em frente a casa de Maria Folquenim, na Vila Carlli, percebe que algo diferente acontece naquele lugar durante a Copa do Mundo. As bandeiras do Brasil e da Costa Rica dividindo o mesmo espaço em frente a casa já indicam que ali a torcida é dividida para duas seleções.
Chegamos a casa e somos recebidos pela própria Dona Maria e toda sua família , que com imensa simpatia e receptividade nos leva até o sofá da sala. Não demora muito e logo aparece Luiz Guillermo Granados Corrales, ou simplesmente Luiz. Envolto em uma bandeira da Costa Rica e vestindo uma camisa dos “Ticos” (apelido da seleção costarriquenha) é ele o responsável por fazer da casa da família Folquenim mais um local de torcida para a Costa Rica na Copa do Mundo.
Costarriquenho da cidade de Cartago, que fica no Vale Central da Costa Rica, Luiz desembarcou em Guarapuava há poucos meses para realizar mestrado em Agronomia, no Campus do Cedeteg da Unicentro. Assim como nós, logo ele foi acolhido com toda a receptividade e carinho por Maria e sua família, que alugaram um quarto para ele morar.
Naturalmente que a língua e costumes diferentes atraíram as atenções para Luiz. Contudo, o sucesso da seleção costarriquenha na Copa do Mundo mudou ainda mais a sua vida. “Antes todos confundiam a Costa Rica com Porto Rico, a terra do Ricky Matin, etc. Agora com a Copa do Mundo todos tem uma noção mínima do que é a Costa Rica” explicou Luiz.
Segundo Luiz, a esperança é que com o país em destaque na vitrine da Copa do Mundo cada vez mais pessoas queiram conhecer ou investir na Costa Rica. Até mesmo o novo presidente do país já sinalizou com a hipótese de estreitar laços com o Brasil.
Se depender da simpatia, alegria e das propagandas de Luiz sobre sua terra, realmente visitantes não irão faltar. De acordo com ele, na Costa Rica todos ( inclusive a seleção de futebol) são muitos humildes, alegres , tranqüilos e felizes. O país também é rico em belezas naturais como praias, vulcões e lugares tranqüilos, onde a expectativa de vida ultrapassa os 100 anos.
Luiz conta que encontrou em Guarapuava um lugar bastante parecido com a Costa Rica, onde há tranqüilidade e se pode viver bem. Outra semelhança é a paixão do guarapuavano e do brasileiro com o futebol.
Segundo Luiz, o futebol também é a grande paixão nacional da Costa Rica e o país tem estado em festa com os resultados alcançados na Copa do Mundo. “Não esperávamos chegar tão longe, ainda mais depois do sorteio e do Grupo da Morte. Se me perguntavam eu dizia que a Costa Rica ia jogar os três primeiros jogos e depois voltaria para casa. Quase todos acreditavam que tomaríamos 20 gols e sairíamos da Copa sem fazer nenhum”
“ Os jogadores são heróis nacionais, mostraram a coragem, a força da Costa Rica e que não se pode ter medo das coisas sem enfrentá-las”.
De acordo com Luiz, estar entre as oito melhores seleções do mundo já é uma grande vitória e será muito difícil avançar ainda mais na Copa. Porém, nada tira o otimismo de Luiz e da família Folnequim de que a Costa Rica possa surpreender ainda mais. O palpite para o jogo de hoje contra a Holanda indica muito bem isso. Apesar do favoritismo holandês, Luiz crava que o placar será 2 a 1.
Assim como aconteceu na sexta feira, durante o jogo do Brasil, a casa da família novamente vai estar em festa neste sábado (05) para mais um jogo da Copa do Mundo, e quem sabe para celebrar mais uma vitória costarriquenha.