22/08/2023


RSN na Copa do Mundo

Descendentes comemoram Tetra pelas ruas de Entre Rios

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Texto e Fotos: Lizi Dalenogari

O último título mundial da Alemanha foi conquistado em 1990. Foi neste domingo (13), no Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, exatamente 24 anos depois, novamente sobre a Argentina que a equipe alemã conquistou o Tetra Campeonato Mundial de Futebol pelo placar de 1 a 0 no segundo tempo da prorrogação. E os descendentes de alemães de Entre Rios saíram as ruas para comemorar.

A proprietária da lanchonete do Centro da Juventude (Jugendcenter), que estava com suas dependências com capacidade lotada, Erika Taubinger, não continha a ansiedade antes da partida. "Queremos muito que a Alemanha vença e esperamos um grande jogo e o público está animado para que isso aconteça”. O palpite de Erika estava certo.

Para Egon Keller, torcedor habitual do Centro a Alemanha jogou bem desde o início da competição e mostrou humildade, portanto mereceu levar o título. "Venceu uma etapa de cada vez. Estamos muito contentes, não mais do que se fosse o Brasil é claro, mas estamos felizes que tenha sido a Alemanha. Muito merecedora desta taça na minha opinião".

A equipe alemã ao erguer a taça coroou um trabalho voltado para o futebol e disso todos foram unânimes em afirmar quando cantaram em coro (em alemão), uma canção que dizia algo como “um dia tão maravilhoso como hoje não deveria acabar nunca”. Foi um dos momentos mais emocionantes da comemoração em Entre Rios presenciada pela equipe da Rede Sul de Notícias.

Christoph Zehr assistiu o jogo com os amigos e elogiou a postura da seleção alemã desde a chegada no Brasil para o início da competição. “Se instalaram na Bahia, construíram lá a estrutura necessária, contraram pessoas da comunidade mais carente para trabalhar com eles e trataram todo mundo com a maior dignidade. Antes de se despedirem de lá doaram tudo o que puderam e agiram muito bem. Não tripudiaram quando venceram o Brasil em campo e foram vencedores dentro e fora dos gramados. Nos orgulhamos deles. Merecem tudo isso!”

Para Alexander Weckl os jogadores alemães foram superiores em campo na final, mesmo com alguns poucos lances de perigo da equipe argentina. “Torcia para a Alemanha desde o início da competição mas até por uma questão política, por não concordar com muita coisa que tem acontecido no Brasil. Foi merecido”.

Mas certamente para Katrin Muller, este título tem um signicado ainda mais especial, homenagear o pai José Muller que faleceu vítima de acidente em dezembro do ano passado. “Ele era torcedor fanático da Alemanha. Hoje encontrei esta bandeira dele na oficina onde ele trabalhava e estou vestida com a camisa preferida dele. Estou feliz e dedico a ele está vitória da seleção alemã. É prá ti pai!”, diz emocionada.

 

 

 

 

Cristina Esteche

Jornalista

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