22/08/2023

Se não pode porque veio?

Após um período de recesso  – meu – retornei à sessão da Câmara de Vereadores de Guarapuava, nessa sexta. Era um período extraordinário para debater e votar dois projetos de leis de autoria do Executivo Municipal. Estudantes estavam lá com faixas e palavras de ordem para que o projeto que institui o passe  único fosse aprovado. Como de fato aconteceu. Mas o que me chamou a atenção é que nada mudou. A demagogia continua a pautar a oposição que esperneia,  se contrapõe, critica, para depois votar a favor. Não vou entrar no mérito dos dois projetos, do trabalho da comissão composta para debater o transporte coletivo urbano na cidade e no posicionamento de vereadores, contrários, ou a favor do projeto, de acordo com os interesses que defendem. Mas o fato é que os mesmos vereadores que estiveram durante oito anos no poder, quer seja, no Legislativo ou em cargos  de confiança e que deveriam ter defendido a implantação do passe único ou a quebra do monopólio do transporte coletivo que hoje tanto defendem, não o fizeram. Mas agora estão lá, defendendo uma posição, a mesma pela qual já passaram por cima, fizeram “vista grossa”. Estão fazendo o papel de opositores do Executivo? Estão!  E vai passar mandato, e entrar mandato e os papéis continuarão o mesmo ou se inverterão conforme quem esteja no mando do município.

Mas a questão é: se são contra, se levantam ressalvas, por que aprovam? Não seria mais verdadeiro manter a posição inicial, aquela que acreditam? Com a palavra, o eleitor!

Cristina Esteche

Jornalista

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