22/08/2023

A campanha está no ar!

A campanha política está no ar e a partir desta terça (19) os brasileiros passam a conviver com o clima das eleições. Por força do sorteio realizado pela Justiça Eleitoral, o primeiro a ser apresentar ao eleitorado brasileiro seria o ex-candidato à presidência da república, Eduardo Campos (PSB), morto em acidente de avião.

Até o dia 2 de outubro a propaganda eleitoral está dividida em dois blocos diários. Nas rádios, a transmissão vai das 7h às 7h25 e das 12h às 12h25. Na televisão, o primeiro bloco se inicia às 13h e vai até 13h25. À noite, a propaganda é retomada das 20h30 às 20h55. Terça, quinta e sábado estão destinados à propaganda de candidatos à presidência e segunda, quarta e sexta é a vez das campanhas estaduais.

“O Brasil perdeu Eduardo Campos, um presidente em quem os brasileiros queriam, mas não puderam votar. Eduardo se foi, mas seus valores e ideais ficaram. Dentre eles, a esperança para seguir em frente”, destacou o programa.

Embora ainda não apresente oficialmente Marina Silva como sucessora de Eduardo Campos na chapa, o que será feito somente amanhã, quarta (20), O PSB usou uma fala do próprio Eduardo Campos para sinalizar que a escolha está certa. “Vamos precisar unir o Brasil e as boas pessoas do Brasil. O Brasil tem jeito, quem vai dar jeito ao Brasil é o povo brasileiro. Eu e Marina estamos prontos para fazer a mudança para o futuro do Brasil”.

Em seguida, o tempo da Coligação Muda Brasil, encabeçada pelo PSDB, seguiu a mesma estratégia e uma homenagem ao ex-governador de Pernambuco deu início ao programa, na voz  do  candidato a presidente  Aécio Neves. Ele lamentou a morte de Eduardo Campos e das outras seis vítimas, e  destacou a amizade e o respeito que tinha com o ex-governador de Pernambuco desde a década de 80, na campanha pelas Diretas Já.

“Colocar em prática as ideias e os ideais que tínhamos em comum será a melhor forma de celebrar a vida do grande governador, do pai, do marido do amigo, do brasileiro Eduardo Campos”, disse Aécio.A trajetória politica do neto do ex-presidente Tancredo Neves, tece destaque nos 4 minutos e 35 segundos de programa. Aécio se apresenta , como uma alternativa de mudança para o País.

“Hoje, o Brasil está pior que há quatro anos. O Brasil, que vinha bem, vinha avançando, perdeu o rumo, mas é importante que fique claro: o problema não é o Brasil, o problema é a forma como o Brasil está sendo governado”, discursou.

Com 11 minutos e 24 segundos, o maior tempo dos programas, Dilma Rousseff,  que é candidata à reeleição pela coligação Com a Força do Povo, disse que pretende fazer “uma campanha de alto nível, positiva e com discussão de ideias”. A coligação reúne o PT e outros oito partidos.

A homenagem ao Eduardo Campos também teve espaço no programa de Dilma, mas foi o ex- presidente Lula  que falou. “Sua luta sempre foi e continuará sendo a nossa luta. E suas últimas palavras precisam ser incorporadas pelo provo brasileiro, nunca, jamais desistir do Brasil. É assim, querido Eduardo, que vamos guardar sua memória para sempre”, disse.

Lula teve uma participação ativa no programa, provocando comparações entre os governos do PT com de outros partidos. Aliás, a estratégia de comparativos também foi utilizada pela presidente Dilma.  Ela destacou a queda na taxa de desemprego e também os números de geração de empregos formais nos governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da atual Dilma Rousseff. Também mostrou os números da moradia popular com  600 mil casas pelo Programa Minha Casa, Minha Vida.

Na área de saúde, Dilma destacou o programa Mais Médicos.  “Criamos a maior rede de proteção social do mundo, o Brasil sem  Miséria, que vem acabando com a pobreza extrema. Estamos realizando o maior conjunto de obras de infraestrutura de nossa história recente e vamos fazer do pré-sal o nosso passaporte pro futuro: 75% dos royalties do petróleo serão investidos na educação e 25% na saúde”, afirmou.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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