22/08/2023


Geral

Santa Tereza faz campanha para aumentar doação de órgãos

Por Cristina Esteche

A Associação de Saúde Frederico K. Virmond, mantenedora do Hospital Santa Tereza em Guarapuava, desenvolve uma campanha neste mês sobre a doação de órgãos. Para conscientizar a sociedade sobre a importância da doação, a Comissão Intra Hospitalar de Transplantes (CIHDOTT) estará aberta para prestar informações, promovendo também a distribuição de materiais educativos e sugestões à aos interessados.

De acordo com as enfermeiras Raquel R. de Almeida e Jaqueline Haubert, coordenadoras CIHDOTT – Santa Tereza, quando um paciente tem morte encefálica, a família pode doar os órgãos e com isso salvar vidas.  O doador pode ter idade entre dois  a 70 anos. Porém, há doações que podem ser feitas em vida, como rins, parte do fígado e da medula óssea. Segundo as enfermeiras, os órgãos vão para pacientes que necessitam de transplante e estão aguardando em uma lista única de espera, por critérios definidos pelo Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde”.

Já após a constatação da morte encefálica outros órgãos que podem ser doados incluem a pele, córnea, pulmões, coração, ossos e cartilagens , pâncreas.

O número de doadores de órgãos no Brasil aumenta cada dia e, com ele, o índice de transplantes realizados no país. Regida pela Lei 9.434 de 04 de fevereiro de 1997 atualmente, o programa público nacional de transplantes de órgãos e tecidos é um dos maiores do mundo. Em Guarapuava a doação também está aumentando progressivamente.

“A doação de múltiplos órgãos, nunca tinha sido realizada no Hospital Santa Tereza. Neste
ano já foi realizada a remoção de múltiplos órgãos na instituição e atualmente no hospital alguns familiares nos procuram e expressam o desejo de doação”, diz Raquel à Rede Sul de Notícias.

Porém, um dos entraves ainda continua sendo o preconceito e questões religiosas  de familiares. “Acreditamos que a complexidade do procedimento, questões éticas, falta de esclarecimento sobre a doação, são fatores que influenciam nas negativas de doações.”

 Em Guarapuava os hospitais atuam na captação de órgãos, e para esta prática é necessária a formação de uma comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos (CIHDOTT), composta por médicos, enfermeiros, fisioterapeuta , psicólogo e assistente social , devidamente
capacitados para executar o protocolo da Central Estadual de Transplantes.
 Para ser doador, não é necessário deixar documento por escrito. Cabe aos familiares autorizar a retirada, após a constatação da morte encefálica que é a interrupção irreversível das atividades cerebrais, causada normalmente por traumatismo craniano, tumor ou
derrame. “Como o cérebro comanda todas as atividades do corpo, quando
ele morre significa a morte da pessoa. Neste quadro, não há mais funções vitais e a parada cardíaca é inevitável explica Raquel.

Segundo a enfermeira, a retirada dos órgãos é feita durante cirurgia e o corpo do doador fica intacto e pode ser velado normalmente.

 

Cristina Esteche

Jornalista

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