Cristina Esteche
+Julgamento do caso Henry e Sandro começa às 9 horas desta quinta
+Fábio Menarim Rocha senta no banco dos réus pelas mortes de Sandro e Henry
O julgamento de Fabio Menarim Rocha no caso “Henry e Sandro” começou há cerca de uma hora e meia. Testemunhas de acusação já foram ouvidas e confirmaram depoimentos dados à Polícia Civil e nas oitivas na Vara Criminal. Duas delas, Edevaldo Augusto Pereira e Terezinha Moss disseram que apenas Fábio saiu do mercado São Vicente, cenário para o duplo assassinato qualificado. Foi a Edevaldo que Fabio pediu socorro, logo após os disparos dos tiros. O policial Ademir de Paula, que atendeu a ocorrência também testemunhou contra Fabio. Ele disse que o encontrou sentado no lado de fora do mercado, com um ferimento no abdômen e que o réu vestia camisa branca que continha manchas de sangue e outra mancha preta como se fosse pólvora.
Tanto a reconstituição do crime quanto laudos periciais, de acordo com o processo, mostram que o tiro contra Fábio foi à queima roupa, já que o local atingido apresentou resquícios de pólvora, ao contrário de Sandro e Henry. A suspeita é de que Fabio atirou contra si mesmo. O policial José Ademir de Paulo estranhou o fato de somente Fabio apresentar pólvora no corpo e os outros não. O advogado de defesa Elcio Melhem afirma no processo que a cicatriz no corpo do seu cliente, que também é seu afilhado, não apresenta características de "tiro encostado."
Durante os depoimentos das testemunhas, o clima foi tenso “patrocinado” pelo embate entre Elcio Melhem e o assistente de acusação, Loedi Lisouski. A acusação entendeu que Elcio tentava induzir a testemunha. A juíza teve que intervir por duas vezes, uma delas de forma mais rigorosa, ameaçando suspender o julgamento até que os ânimos fossem acalmados.