Para evitar que distribuidoras e consumidores voltem a enfrentar custos extras bilionários devido à disparada no preço da eletricidade em períodos de seca, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) propôs nesta terça feira (14) mudanças no sistema de cálculo do insumo no mercado à vista.
A proposta prevê que o teto, ou seja, o valor máximo que a energia pode atingir no mercado à vista, cairia dos atuais R$ 822,83 para R$ 388,04 por MWh (megawatt-hora), um corte de 53%. O tema será debatido em consulta pública e, se aprovado, o novo teto começa a valer em 1º de janeiro de 2015.
Essa mudança é feita por meio da substituição da chamada térmica de referência, ou seja, da usina cujo preço de produção de energia serve de base para fixar o valor máximo no mercado à vista. Se aprovada, ela pode contribuir para aliviar os altos reajustes nas contas de luz esperados para o ano que vem.
O preço do PLD é calculado toda semana. Nesta, o megawatt-hora está avaliado ao valor médio de R$ 818,36. Para se ter uma ideia, as usinas que renovaram suas concessões dentro do plano do governo para baratear a energia, em vigor desde o ano passado, vendem o megawatt-hora a cerca de R$ 30, ou seja, 27 vezes menos.