Associações comerciais montam comissão pró-duplicação da BR-277

Guarapuava – A Acig (Associação Comercial e Empresarial de Guarapuava) sedia amanhã (26/08), às 10h30, a reunião que vai formar a comissão pró-duplicação da BR-277. Oito presidentes de associações comerciais do Estado (de Irati, Ponta Grossa, Laranjeiras do Sul, Cascavel, Toledo, Medianeira e Foz do Iguaçu, além de Guarapuava) e coordenadores regionais da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) confirmaram presença.
A ideia de criar a comissão partiu do presidente da Acig, Valdir Grigolo, que desde 2006 atua pela duplicação. Durante a reunião de amanhã, o grupo será oficialmente constituído. “Essa comissão vai cobrar permanentemente de todos os setores a viabilização da duplicação. Vamos nos reunir a cada 60 dias para avaliar a programação”, disse Grigolo.
Para tanto, a comissão visitará órgãos governamentais e autoridades. Conforme Grigolo, o segundo passo é fazer estudo dos gargalos junto com as concessionárias, para saber onde as obras devem ser iniciadas. “E depois ir atrás de recursos”. O grupo também avaliará os contratos, para identificar quais são as obrigações das concessionárias e do governo.
Com a comissão, os trabalhos que as associações comerciais realizam isoladamente serão fortalecidos. “Sentiremos-nos mais confiantes quando sentarmos para conversar, pois teremos mais representatividade, união de forças e todos perceberão que não é o A ou B que quer e, sim, toda população”.

Atuação
Para Grigolo, a duplicação resolverá um importante gargalo, propiciando maior desenvolvimento econômico. Pelos contratos, em alguns trechos as concessionárias só teriam de fazer a duplicação em 2019, mas Grigolo entende que até lá a rodovia entrará em colapso. “Como a rodovia é a espinha dorsal do Estado do Paraná entendemos que para o crescimento do Estado essa previsão de início das obras tem de ser antecipada”. Para que isso aconteça, o presidente da Acig disse que é preciso estar constantemente atento e negociando. “Vamos continuar insistindo na abertura de conversa para que não se deixe a duplicação para quando o tráfego estiver estrangulado e o Paraná já tiver perdido muito dinheiro em função do gargalo”.
O principal gargalo para Guarapuava é o trecho de aproximadamente 45 quilômetros entre a cidade e o trevo do Relógio, em Prudentópolis. Mas a Acig quer a duplicação em toda a extensão da BR-277. Duplicar a rodovia é investir no desenvolvimento econômico, frisou Grigolo. “Precisamos melhorar o transporte de produção. O custo da tonelada do produto colhido para levar para o porto é muito alto em razão do tráfego lento”.
Ter estrada que permite o correto escoamento da produção é primordial para atrair empresas de fora. “A falta de estrada duplicada inibe investimentos. Na medida em que se olha para o mapa e aumenta a distância de Paranaguá, crescem também os gargalos”.

Da assessoria