Barbara Franco
O Hospital São Vicente divulgou nota de esclarecimento sobre reclamações feitas pelo secretário municipal de Comunicação Social de Guarapuava, Marcio Fernandes, criticando a demora no atendimento no Pronto Socorro do hospital.
No texto assinado pelo secretário e encaminhado a vários veículos de comunicação de Guarapuava e do Paraná, publicado no blog da jornalista Cristina Esteche, Marcio Fernandes conta que o seu filho Gabriel teve febre alta no domingo (1º de novembro) e foi levado para atendimento médico no Pronto Socorro. A demora no atendimento, porém, gerou a revolta do pai, que saiu com o filho sem atendimento.
Na nota oficial o provedor Rui Primak, o diretor administrativo Wladimir Giordani, o diretor clínico Eduardo de Franco Borges e o assessor jurídico Carlos Alberto B. Caggiano esclarecem que o atendimento no Pronto Socorro é realizado obedecendo a ordem de gravidade dos pacientes e que a demora no caso de Gabriel aconteceu porque outros dois pacientes em estado grave estavam sendo atendidos.
A nota também classifica como “fatos infundados” as afirmações feitas pelo secretário de comunicação do Município de que a Unimed “suga” os hospitais. Ele e sua família são conveniados a esse plano de saúde. Em seguida ressalta que a médica Neide Akemi Nakamura, plantonista do São Vicente quando aconteceu o fato, atende há sete meses na instituição, sem que tenha ocorrido qualquer registro de reclamação ética quanto à sua conduta. O Hopsital isenta a médica de qualquer culpa quanto “às possíveis demoras no atendimento”. Por fim, a nota lembra que o São Vicente possui o compromisso de bons serviços prestados há mais de 100 anos para Guarapuava e região, apesar das dificuldades da saúde como atrasos sistemáticos de pagamento e defasagem nas tabelas “SUS” desde 1.997.
A nota na íntegra
Tendo em vista notícia publicada no blog da Jornalista Cristina Esteche, de autoria do também jornalista Marcio Fernandes, no dia 02/11/2014, o Hospital de Caridade São Vicente de Paulo, neste ato por seus representantes legais, vem esclarecer o seguinte:
O Pronto Socorro da instituição atende os pacientes pela ordem de chegada e, principalmente, pela ordem de gravidade, através de protocolo de classificação de risco;
Os pacientes “SUS”, por imposição legal, somente podem ser atendidos, mediante o devido e formal encaminhamento pelas unidades referenciadas, como por ex.: SAMU, UPA e outras dessa natureza, salvo caso que acarretem risco de morte, devidamente avaliado pela classificação de risco;
A instituição mantém plantonistas 24 (vinte quatro) horas por dia ininterruptamente nas UTIs e no Pronto Socorro, além de um quadro de apoio de sobreaviso nas principais especialidades;
O Hospital de Caridade São Vicente de Paulo é um hospital filantrópico e para tanto precisa atingir a cota mínima de 60% de atendimento ”SUS”, sendo que atinge sempre percentual acima de 80%;
A quantidade de médicos presenciais e de sobreaviso nos plantões é suficiente para atendimento da demanda condizente com o número de leitos do Hospital;
O Hospital atende atualmente a média de 2.471 pacientes/mês no Pronto Socorro e mais de 3.540 consultas nos ambulatórios, além de 880 internações mensais e, em média, 480 procedimentos cirúrgicos/mês;
O Sr. Marcio Fernandes esteve no Hospital no dia em questão, diretamente no Pronto Socorro para consultar seu filho através de convênio e, de acordo com relatos dos atendentes da instituição, ficou aguardando, mas, devido a dois atendimentos já detectados como emergência de alta gravidade e devidamente referenciados, cujos atendimentos e/ou procedimentos podem ser mais demorados que uma consulta, ficou contrariado com a demora, solicitando sua ficha de volta alegando que não precisava mais de tal atendimento;
Foi oferecido ao mesmo, através de contato com o provedor da instituição, acesso ao atendimento e à Ouvidoria para que fosse reportado o caso para eventuais correções em relação às possíveis falhas;
O Sr. Marcio Fernandes através de redes sociais noticiou fatos infundados, de forma irresponsável, tais como ausência de plantonista nas UTIs, falsa afirmação de que a UNIMED “suga” os Hospitais, dentre outras;
A Dra. Neide Akemi Nakamura atende há 07 (sete) meses na instituição, sem que tenha ocorrido qualquer registro de reclamação ética quanto à sua conduta, e no caso em questão, não teve a mesma qualquer espécie de culpabilidade quanto às possíveis demoras no atendimento;
O Hospital de Caridade São Vicente de Paulo reitera o compromisso de bons serviços prestados há mais de 100 anos para Guarapuava e região, apesar das dificuldades da saúde em nosso país como atrasos sistemáticos de pagamento e defasagem nas tabelas “SUS” desde 1.997, estando sempre à disposição para quaisquer esclarecimentos.
Wladimir Giordani (Diretor Administrativo), Rui Sérgio Primak (Provedor), Dr.Eduardo de Franco Borges (Diretor Clínico), Carlos Alberto B. Gaggiano (Assessor Jurídico)