A queda no nível do Rio Paraná deve tirar da Usina Hidrelétrica de Itaipu o posto de maior produtora de energia do mundo. Neste ano, a defasagem na produção já chega a 10%, em comparação aos 10 primeiros meses de 2013. O reservatório da usina está cerca de 2 metros abaixo do que é considerado normal.
Conforme o superintendente da usina, Celso Torino, a queda no Rio Paraná tem relação com a falta de chuvas em São Paulo (SP) e Minas Gerais (MG). “De tudo o que a gente poderia ter feito, é o que a gente tá fazendo de produção, em torno de 97% de eficiência e isso permanece, ou seja, é exclusivamente por conta de ter água disponível. Tendo água, a Itaipu tem produção espetacular”, afirma.
A falta de chuva fez com que a travessia feita de balsa entre Brasil e Paraguai, perto de Guaíra, fosse suspensa. As embarcações usadas no combate ao tráfico e contrabando só saem do porto da Polícia Federal (PF) rebocadas.
Segundo os técnicos da usina, a fase é de recuperação porque começou o período de chuvas. Ainda segundo Torino, a usina chinesa Três Gargantas, a maior rival do Brasil em geração de energia, pode superar Itaipu, mas não o recorde mundial, registrado em 2012 e 2013, quando a produção de eletricidade seria suficiente para abastecer todo o planeta por dois dias. "Nossa expectativa é que este ano a gente produza em torno de 90 milhões de megawats/hora. É possível que Três Gargantas produza igual, menos ou mais que Itaipu. Agora, em relação o nosso recorde mundial de 98,6 milhões, em 2013, não temos dúvida que Itaipu permanece na liderança mundial”, afirmou.